Cap 1 VISITA AO JARDIM DA INTUIÇÃO

Cap 1 VISITA AO JARDIM DA INTUIÇÃO

Para sua leitura e reflexão apresentamos o Capítulo 1 do livro ‘INTUIÇÃO– VIDA MELHOR, intitulado VISITA AO JARDIM DA INTUIÇÃO’. Completo e com todos os subcapítulos em conjunto. Aprecie!

No índice abaixo, para ir direto a algum dos subcapítulos, basta clicar no título.

Intuição para Viver uma Vida Melhor em perguntas e Respostas Capa

alinhamento processo intuitivo

Que tal um alinhamento sobre o processo intuitivo?
Quando nos referimos ao tema intuição, várias abordagens podem ser consideradas; várias delas serão visitadas no decorrer deste livro.

Como ponto de partida, proponho um alinhamento com você, leitora e leitor, quanto ao entendimento do processo intuitivo, como sendo aquele que ocorre quando a pessoa tem percepções (insights), visões, pressentimentos ou conhecimentos que se revelam espontaneamente, e de forma direta, sem o uso do raciocínio e sem o conhecimento de onde essas informações se originam, ou por que elas nos são reveladas.

De início, convido-os a considerar dois aspectos básicos de manifestação da intuição: ao manifestar-se, a intuição ajuda-nos a captar algum tipo de informação armazenada internamente; uma segunda forma de manifestação, também comum no processo intuitivo, ocorre ao captarmos a informação de alguma fonte externa.

No primeiro caso, o processo intuitivo propicia a “pesca” ou acesso a informações que já existem internamente e podem estar “esquecidas” na consciência, ou “adormecidas” em outros níveis, como o subconsciente, ou mesmo nas camadas mais profundas do inconsciente. No segundo caso, o processo intuitivo possibilita-nos acessar informações que são captadas de fontes externas.

Em raras circunstâncias, saberemos de onde se originaram. A meu ver, quando o processo intuitivo ocorre, a nossa atenção não deve se voltar à questão da origem, mas no sentido de nos prepararmos da melhor maneira possível para lidar com o que foi intuído e, então, dispor do que está sendo captado e apresentado da maneira mais benéfica a cada um. Sobre isso, várias sugestões serão compartilhadas no decorrer destas páginas.

Gostaria, assim, de convidá-los a uma jornada pelos temas apresentados de forma apreciativa, a fim de identificar e apreender o que toca a sua alma.

mãos luz intuição

o que é intuição

intuição ou razão

Basicamente, como resultado do uso da intuição, pode-se dizer que temos as intuições, pensamentos intuitivos, visionamentos intuitivos ou ainda reflexões intuitivas, enquanto racionalmente podemos dizer que temos os pensamentos lógicos ou racionais, visionamentos racionais ou ainda reflexões lógicas ou racionais. 

Quando usamos a razão, fazemos uso de referências, conceitos e aprendizagens de forma racional, e isso envolve um relativo esforço no ato de “buscar” o conhecimento, de pensar e da construção do raciocínio, no sentido de entender, aprender e construir nossas ideias, entendimentos ou aprendizagens; enquanto o processo intuitivo se caracteriza pelo ato de pensar e obter ideias, percepções, insights, ou aprendizagens de forma direta e sem fazer esforço. 

A abordagem da intuição apresentada no decorrer destas páginas é uma abordagem nascida da aprendizagem e do amadurecimento que se faz cada vez mais presente em minha jornada de vida: o melhor uso que podemos fazer da intuição é quando ela atua em harmonia com a razão, e, indo além, quando permitimos sua manifestação e livre expressão em harmonia, não só com a razão, mas com todas as nossas potencialidades adquiridas e desenvolvidas em nossas jornadas de vida. Aqui há um alerta que merece consideração: uma armadilha que surge para muitos é o questionamento: usar a razão ou a intuição?

Devemos usá-las em conjunto, sempre! E não só elas, mas também devemos fazer o seu uso conjunto com as outras potencialidades da alma. Não usar uma ou outra isoladamente, mas o uso conjunto, em harmonia. É neste sentido que, espero, se dê a sua jornada pelo jardim da intuição durante essa leitura. 

formas de inteligência

Todas as formas de inteligências pessoais[0] são tipos de inteligência que não podem nem devem ser reprimidas ou descartadas! O quanto soubermos usá-las em conjunto, e de modo integrado, é que refletirá nosso nível de inteligência individual

O uso conjunto de todas as formas de inteligência é o caminho natural a ser percorrido por todos nós; e mais: o uso conjunto de todas as inteligências individuais usadas com focos comuns, coletivamente, reflete o nível de inteligência da humanidade.

Quando as inteligências individuais são usadas de forma egoísta, a vida social e o meio ambiente do planeta são relegados a plano secundário; com isso, as possibilidades de prejuízos aumentam, tanto sociais quanto ambientais. 

Penso que as múltiplas formas de inteligência pessoal, apresentadas e desenvolvidas por Gardner[1] (década de 1980), e as várias combinações de capacidades e aptidões que comporiam a inteligência, apresentadas por Guilford[2](década de 1970), assim como a intuição, a razão, o instinto e outras formas de expressão de inteligência, não podem (nem devem) ser descartadas!

Não utilizá-las é uma escolha, mas constitui um desperdício; usá-las em conjunto, e coletivamente, reflete um mais alto nível de inteligência.

Assim, intuitivamente a resposta à pergunta "como usar os diferentes tipos de inteligência que possuímos", é: devemos usá-las em conjunto, de forma harmoniosa e natural. 

[0]   Exemplos de inteligências pessoais: além da classificação dos nove tipos de inteligência apresentados por Gardner[1], que são: Inteligência lógico-matemática, Inteligência linguística, Inteligência musical, Inteligência espacial, Inteligência corporal-cinestésica, Inteligência intrapessoal, Inteligência interpessoal, Inteligência naturalista, Inteligência existencial, podemos pensar em várias outras formas de classificações, entre as quais, a inteligência espiritual, a inteligência emocional, a inteligência intuitiva, a inteligência racional e a inteligência instintiva.

[1]   Howard Gardner, psicólogo e professor da Universidade de Harvard, introduziu o conceito de múltiplas inteligências (1983) em seu livro Estruturas da Mente

[2]   Joy Paul Guilford (7 mar. 1897 a 26 nov. 1987) psicólogo americano lembrado por seu estudo psicométrico da inteligência humana, e que conceituava a inteligência como sendo resultante da combinação de três dimensões: uma com cinco operações (cognição, memória, avaliação, produção divergente e produção convergente); outra com seis produtos (unidades, classes, relações, sistemas, transformações e implicações); e a terceira com quatro conteúdos (figural, simbólico, semântico e comportamental). Combinando essas três dimensões propostas (5x6x4), alcança-se as 120 capacidades ou aptidões que formam a inteligência, de acordo com seus estudos.

site intuicao.com, intuição

[1]   No Brasil, cerca de 21,9% das pessoas com idade acima de 65 anos têm algum grau de demência (Fonte: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-18042007-110300/pt-br.php>).

[2]   Até hoje o acervo de Leonardo Da Vinci serve de base para o desenvolvimento de equipamentos, paraquedas, veículos (submarino, helicóptero, etc.), sem entrar no mérito de tudo o mais que ele nos deixou.

[3]   Mais sobre Albert Einstein no Capítulo “Einstein era intuitivo?”.

inteligência intuitiva

A inteligência intuitiva é a forma de inteligência que utilizamos quando fazemos uso da intuição. Na prática, pode ser entendida como a manifestação inteligente da intuição.

De acordo com as fontes mais variadas, a faixa de utilização da capacidade mental do ser humano, atualmente, varia em torno dos 10%. Não é necessário muito esforço para observar que a capacidade mental é totalmente focada no desenvolvimento da razão. Também não é preciso ser um gênio para perceber que o uso da intuição pode ampliar esse alcance. 

A inteligência intuitiva é uma das faculdades que influem no desenvolvimento da nossa capacidade mental, intelectual e espiritual, a qual agrega a perspectiva intuitiva. Caracteriza-se como um atributo pessoal a ser trabalhado e desenvolvido, podendo ajudar a expandir, não só nossa inteligência, mas também a nossa consciência.

Há um conjunto de fatores que influencia nossa maneira de “acessar” o conhecimento e o saber. Esses fatores influenciam e moldam as atitudes que refletem nossa inteligência – nossa maneira de pensar e entender, ver e refletir, agir e escolher, decidir e apreciar, solucionar problemas (ou nos levar para além deles), raciocinar e intuir.

O conhecimento e o saber se sustentam em informações e registros, que tanto podem estar internalizados quanto residir em fontes externas. Tanto a intuição quanto a razão são instrumentos que nos possibilitam acesso, mas de maneira distinta e em amplitudes diferenciadas. A razão dentro do escopo dos registros e informações que estão armazenadas em fontes declaradamente conhecidas, cujo acesso é possível usando-se instrumentos sob nossa governança, enquanto a intuição junto a fontes que podem ser conhecidas ou não

A inteligência intuitiva é um dos reflexos de inteligência à nossa disposição e deve ser agregada às múltiplas formas de inteligências abordadas em vários estudos sobre o tema. O fato é que temos nosso histórico de registros advindos de experiências e aprendizagens que transcendem os níveis da inteligência racional. Não apenas a inteligência intuitiva, mas o conjunto de reflexos de inteligências que possuímos afetam não apenas nossa maneira de acessar o conhecimento, como também nossa maneira de processá-lo internamente; o suficiente para influenciar nossa maneira de viver e de ser. 

diálogo, site intuicao.com

Uma das maneiras mais comuns do saber intuitivo se manifestar é nos fazendo convites. Muitos desses convites são para não nos limitarmos ao que já estamos habituados, mas, acima de tudo, o saber intuitivo nos convida a sermos nós mesmos, espontâneos e transparentes, e não a alimentar imagens que nos afastam de quem realmente somos. 

O saber intuitivo nos convida, não apenas a visitarmos o que, em algum momento de nossas vidas, aprendemos e experimentamos, lemos e escutamos; ele nos convida a ir além do que está em nossa mente consciente, convida-nos, quando necessário, a fazer uso de saberes que estão em nosso inconsciente, além de captar o que está fora. 

Na prática, nos convida a trazer à tona o que é bom em nós e aquilo que nos faz bem, a nos abrirmos para novos horizontes e a não nos preocuparmos em estabelecer limites para esses horizontes. Em outras palavras, a termos uma visão apreciativa daquilo que ainda não entendemos e, por vezes, abandonamos por não saber como explicá-los ou defini-los. 

O que direciona os convites pode ser a necessidade, o momento de algum saber emergir ou a sintonia que é criada a partir de nossa atitude mental. Essa possível necessidade, da qual não temos consciência, o momento certo para emergir ou a sintonia que estabelecemos inconscientemente, se manifestam por meio de pensamentos, sentimentos, percepções, pressentimentos ou visões que trafegam por uma ponte que liga nosso estado mental à fonte do que vai ser intuído, que tanto pode estar em nossa própria consciência quanto no inconsciente, ou mesmo em fontes externas. No geral, assim se estabelece o ato de intuir em nossas vidas.

Temos muitos bens que integram nossa existência. Um deles, muito importante, é o conhecimento. Convido você, leitora e leitor, a refletir: de tudo que estudou e aprendeu em sua vida, do quanto se lembra e o que mantém com você, conscientemente e em termos práticos, no seu dia a dia? É interessante fazermos essa reflexão. O quanto absorvemos de tudo que nos é apresentado na vida? Esta é uma questão a considerar. Será que apenas o que mantemos em nosso nível consciente foi absorvido? Ou será que aquele conhecimento ou aprendizagem, um dia adquiridos mas “esquecidos”, podem permanecer inertes em nosso subconsciente ou no nível inconsciente, esperando o momento de ser “chamado” ou “convidado” a aflorar em nossa jornada de vida? 

No nível da consciência, raríssimos se lembram de tudo aquilo viveram ou estudaram, leram ou escutaram. Pode-se questionar se há até mesmo uma única pessoa capaz disso; provavelmente não.

Normalmente, a pessoa tem consciência de uma parte ínfima daquilo que um dia conheceu, estudou ou teve contato. Assim como deixamos muito do que recebemos para trás, praticamente esquecendo daquilo que um dia nos foi apresentado, do mesmo modo há aspectos sutis importantes que são ignorados no dia a dia em meio à correria e a tantas informações. Mas ter esquecido ou ignorar não implica na sua não existência. 

Possibilitar o acesso àquilo que necessitamos, sejam saberes ou ideias, sentimentos ou pensamentos, seja por meio de imagens ou mensagens, é uma das funções da intuição. Nosso papel é nos mantermos em condições para usá-la de maneira apropriada. Para tanto, neste livro, muitas vezes será ressaltada a importância de elevarmos nossos níveis de consciência e experimentarmos estados mentais que nos conectem a níveis elevados de energia. De acordo com os estados mentais que experimentamos internamente, serão as intuições que receberemos. Daí a importância da meditação, da oração, dos bons pensamentos, das boas leituras, da apreciação da natureza e das belezas sutis que nos cercam sempre e, também, da atenção com “o quê” estamos direcionando nossas conexões no dia a dia. A partir de nosso estado mental é que as sintonias são estabelecidas e, é importante salientar, conforme nosso estado mental serão as “leituras” que faremos do que se apresenta em nossas vidas. Uma pessoa em paz interpreta um acontecimento de uma maneira, enquanto uma pessoa em estado de confusão mental fará uma leitura provavelmente equivocada daquele mesmo acontecimento. O mesmo se dará com nosso raciocínio e com nossas intuições.



Livro Intuição para viver uma vida melhor

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Imagens (exceto a da capa do livro): Banco de dados Pixabay