Lembranças de uma Embaixadora do Amor.

Lembranças de uma Embaixadora do Amor.

Dignidade e Amor – estas duas palavras talvez não sejam suficientes, mas elas fazem parte do espírito de uma pessoa que usou sua experiência de vida com a grandeza de atitudes que caracterizou sua vida.

Ela foi uma ativa Embaixadora Especial para o UNICEF (United Nations Children’s Fund), Fundo das Nações Unidas para a Infância, tendo dedicado muito de seu tempo a causas sociais e na luta contra a fome que provoca a morte de crianças em vários países do terceiro mundo.

Sobre a fome e morte decorrente de fome, são dela as palavras:
Não acredito em culpa coletiva,
mas creio em responsabilidade coletiva”.

Deixou um legado inspirador de exemplo como ser humano e deixou um legado incrível também como estrela de cinema. Este lado talvez seja mais conhecido,  pois foi indicada cinco vezes ao prêmio ‘Oscar‘ de melhor atriz, ganhando-o em 1954.
Trata-se da atriz e filantropa britânica Audrey Hepburn, nascida em Bruxelas, Bélgica em 04 de maio de 1929 e falecida em 20 de janeiro de 1993, na Suíça.

Com seis anos de idade seus pais se divorciaram, o que a marcou muito, pois seu pai nunca mais a visitou. Somente já adulta e famosa ela “o procurou e o encontrou, mas ele foi muito frio e não demonstrou amor algum”.

Com dez anos de idade, na Holanda, viveu as dificuldades da segunda guerra como criança, tendo seus tios retirados de casa, presos e sendo os primeiros a serem fuzilados pelos nazistas na Holanda. Fato que foi decisivo para o fortalecimento da ‘resistência’ na Holanda. Enquanto ela crescia no subsolo morando no porão e como falou daquela época “não podiam falar, nem escutar rádio, viviam como prisioneiros pois a casa deles era constantemente alvo de tiros; por isso dormiam em colchões e ficavam no porão esperando passar os tiroteios“.

Conforme depoimento dado por seu filho, “em meio à guerra , ela como criança era enviada usando bicicleta, com mensagens no sapato para outros da resistência”.

E, como pequena bailarina que era, se apresentava para os da resistência, ajudando a minimizar em suas mentes os horrores da guerra . Nas palavras dela “desde criança ela queria ser bailarina. O que ela mais adorava na vida era o balé.” Ao final daquelas apresentações ninguém aplaudia, apenas sorriam para não despertarem a atenção dos invasores.

Durante aquele período ela experimentou o que era não ter comida e ela viu muitas crianças sofrerem de desnutrição. Nas palavras dela “ficou terrivelmente magra naquele período”.
Essa experiência, no futuro, deve ter sido determinante na sua escolha por ajudar, como embaixadora do Unicef, crianças que sofriam famintas nos locais mais hostis do planeta.

Quatro anos depois do final da guerra ela estava filmando. Ela nunca teve treino de atriz, tirava as emoções e sentimentos das próprias experiências de vida que experimentara durante a guerra.

Na opinião do grande diretor Peter Bognavodich ela foi uma das últimas grandes estrelas da idade de ouro de Holywood.

Ela era uma pessoa belíssima, tanto interna quanto externamente.



Algumas fotos dela da época em que atuou como atriz de filmes que entraram para a história do cinema.

Alguns dos filmes em que foi protagonista foram:


FILMES – AUDREY HEPBURN

1948 – Dutch in Seven Lessons (documentário) 
1951 – Nous Irons à Monte Carlo 
1951 – Laughter in Paradise 
1951 – One Wild Oat 
1951 – O Mistério da Torre
1951 – Young Wives’ Tale 
1952 – The Secret People 
1952 – Monte Carlo Baby 
1953 – A Princesa e o Plebeu 
1954 – Sabrina 
1956 – Guerra e Paz 
1957 – Cinderela em Paris 
1957 – Amor na Tarde 
1959 – A Flor Que Não Morreu 
1959 – Uma Cruz À Beira do Abismo 
1960 – O Passado Não Perdoa 
1961 – Bonequinha de Luxo 
1961 – Infâmia 
1963 – Charada 
1964 – Quando Paris Alucina 
1964 – Minha Bela Dama 
1966 – Como Roubar Um Milhão de Dólares 
1967 – Um Caminho Para Dois 
1967 – Um Clarão Nas Trevas
1976 – Robin e Marian 
1979 – A Herdeira 
1981 – Muito Riso e Muita Alegria 
1987 – Amor entre Ladrões 
1989 – Além da Eternidade

PRÊMIOS

Oscar
1993 – Prêmio Humanitário Jean Hersholt (homenagem póstuma)
1954 – Melhor Atriz (principal) por A princesa e o plebeu
Tony
1954 – Melhor Atriz por Ondine
1968 – Prêmio especial por sua carreira
BAFTA
1965 – Melhor Atriz por Charada
1960 – Melhor Atriz por Uma cruz à beira do abismo
1954 – Melhor Atriz por A princesa e o plebeu
Globo de Ouro
1990 – Prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto de sua obra
1955 – Atriz favorita do mundo
1954 – Melhor Atriz (filme dramático) por A princesa e o plebeu

Audrey Hepburn – além do mito, um ser humano a ser lembrado!

Fonte de lista dos filmes e prêmios acima listados: Blog: Aqueles Filmes

Audrey Hepburn é uma das 17 pessoas do mundo consideradas EGOT. O termo surgiu para representar os artistas premiados em todas as maiores premiações do cinema, música e teatro: Emmy (E), Grammy (G), Oscar (O) e Tony (T).  No Emmy a atriz venceu por Gardens of the World com Audrey Hepburn (1993), no Grammy pelo disco de histórias infantis Audrey Hepburn’s Enchanted Tales (1994), no Oscar levou a estatueta de Melhor Atriz por A Princesa e o Plebeu (1953) e ganhou um Tony pela peça Ondine.” (Fonte: site RollingStone)

Fontes de consulta:

Documentário Audrey, dirigido por helena Coan de 2020 – os extratos com menções às declarações citadas no texto (que estão entre aspas), inclusive as de Audrey foram colhidos do documentário “”Audrey”.
Blog: Aqueles Filmes (link a seguir)- http://aquelesfilmesblog.blogspot.com/2014/11/audrey-hepburn-tributo-uma-deusa.html
Site: RollingStonehttps://rollingstone.uol.com.br/noticia/5-curiosidades-sobre-audrey-hepburn-de-bonequinha-de-luxo-cervo-de-estimacao-lista/

Imagens usadas – google

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