INTUIÇÃO: IDEIAS MAIS OU MENOS  PRÁTICAS - Cap 7

INTUIÇÃO: IDEIAS MAIS OU MENOS  PRÁTICAS - Cap 7

Para sua leitura e reflexão apresentamos o Capítulo 7 do livro ‘INTUIÇÃO– VIDA MELHOR intitulado INTUIÇÃO: IDEIAS MAIS OU MENOS  PRÁTICAS ’. Para sua apreciação!

Intuição perguntas e Respostas Capa

No índice abaixo, para ir direto ao subcapítulo, basta clicar no título do mesmo.

Intuição para Viver uma Vida Melhor em perguntas e Respostas Capa

Foi inspirado nos conhecidos “experimentos com os pensamentos” de Einstein, que primeiramente pensei e, posteriormente, dei início a uma atividade que reputo como sendo muito benéfica, a qual relatarei a seguir. 

Como Einstein, podemos criar a nossa própria base de experimentos com os pensamentos. Você, leitor e leitora, poderá estabelecer sua própria base de pensamentos. No meu caso, quando me propus a fazer essa experiência pela primeira vez, estava às margens de um lago. Havia acabado de ter uma aula matinal que muito me inspirou. Estava refletindo sobre alguns dos temas abordados na aula, quando, pela primeira vez, fiz esse exercício.

Deixei fluir os sentimentos de harmonia que experimentava no momento e alguns “pensamentos intuitivos”. Sem me preocupar em policiá-los, deixei com que eles se apresentassem, até que me ocorreram alguns simples pensamentos sobre a paz interior, que pareceram trazer um brilho especial. Brilho, que ainda me lembro, se confundiam com os brilhos que observava na água do lago, que refletiam os raios solares que nela incidiam. Assim, observando aqueles diamantes de luz brilhantes que se moviam em harmonia na superfície do lago, surgiu o tema daquela experiência: paz interior. Em seguida, compus um grupo de pensamentos, o qual, posteriormente, listei por escrito, para não me esquecer deles. Lembro-me de não me preocupar com a sua formalização; o objetivo de escrever era o de servir de guia para a prática que faria. Eles serviriam de base para os meus primeiros experimentos com os pensamentos.

Ainda que eu esteja compartilhando parte da minha experiência com você, a proposição é que você, leitora e leitor, crie os seus próprios experimentos. 

Penso que qualquer experiência só terá algum valor se praticada por algum tempo. Nesse caso, com os pensamentos sendo experimentados no dia a dia por pelo menos alguns dias, uma semana ou mais. No decorrer da prática, pode adaptá-los e otimizá-los, mas lembre-se sempre do seu propósito original com aquele experimento, e qual é a base de pensamentos que preencherão sua experiência.

Assim como Einstein, que tinha o universo como seu laboratório, imagine-se no laboratório da vida – como observador – e veja o que resulta de sua prática. A seguir, relaciono as ideias dos pensamentos que usei como base para minha experiência inicial. Eles serviram como elementos de trabalho para a experiência. Foram eles: 

O que Deus quer de mim, é que eu fique em paz. O resto é complemento.

É estando em paz que eu posso dar meu melhor para as pessoas ao meu redor e para o mundo.” 

O mais importante, independente do que ocorra no mundo exterior, é que eu permaneça em paz.

Nada é mais importante do que eu conduzir minha vida em busca de sempre experimentar paz interior.” 

Em quaisquer situações, escolher a calma é o que posso fazer para permanecer sempre em paz.” 

Esses foram os pensamentos que fluíram em minha mente, décadas atrás, quando eu me abri para escolher um tema como base da minha primeira experiência do gênero. O tema foi o da paz interior e os pensamentos que “brilharam”, mais que outros para mim, foram simples, como pôde constatar, mas serviram de base para os experimentos de maneira bastante prática. 

De início, para intuir o tema que servirá de base para o seu experimento, sugiro estar em um local tranquilo e respirar calmamente até perceber um estado de relaxamento. Então, observe os sentimentos se apresentando a você, sem pressa e sem julgamentos. Naturalmente, algum tipo de sentimento especial será notado por você. Pode ser de felicidade, de amor, de paz, de contentamento, de integração, de serenidade etc. Então, deixe os pensamentos fluírem, tente percebê-los; podem vir em uma frase, um slogan, uma palavra, uma cor, uma imagem etc. E podem estar relacionados a um som, às aves voando, a uma nuvem no céu azul, a uma montanha ao fundo, a uma brisa que te refresca, às diferentes tonalidades de cores na natureza etc. Apenas procure sintonizar-se com o que está tocando seu coração naquele momento. O tema de seu experimento pode vir de imediato ou não, mas não se preocupe com o tempo. No momento certo, você intuirá o tema a ser trabalhado. 

Após ter claro o tema a ser trabalhado em seus experimentos, você pode simplificar. Não há necessidade de serem vários pensamentos, pode ser um único; se quiser, escreva-o para não esquecer, pratique-o e faça com que ele funcione como pensamento-guia para conduzir a sua jornada de experiências. Caso se sinta confortável, escolha mais de um pensamento sobre o mesmo tema, como eu relatei no meu experimento, com um conjunto de frases-pensamentos sobre a paz interior. O experimento é seu; fica a seu critério como o conduzirá. 

Caso surjam mais de um tema que queira experimentar, minha sugestão é que se faça um de cada vez, dedicando um certo período a cada um deles. O importante é que, assim como um cientista, observe os desdobramentos de seu experimento com os pensamentos em sua vida, no seu dia a dia. 

No meu caso, tendo adotado o tema da paz interior, procurei ver, perceber e aprender com os desdobramentos. Como exemplo de desdobramentos, tomando como base o experimento com os pensamentos de paz interior, apreendi que se estou experimentando paz dentro de mim, o que quer que esteja acontecendo em minha vida ou no mundo afora, é muito mais facilmente percebido, aceito e assimilado por mim. 

Exemplo do que emergiu da minha experiência?

Houve vários desdobramentos, em diferentes situações e em momentos distintos. Sintetizando: em momentos de alguma enfermidade física ou de bombardeio de notícias de ocorrências desalentadoras, é clara a percepção de que é muito melhor estar em paz do que deixar pensamentos caóticos tomarem conta de sua mente; em momentos em que está tudo bem, com ótima saúde, também verá que é muito melhor experimentar paz, pois tanto num extremo quanto no outro, o fato de me sentir em paz me ajudou a viver o que tinha que viver de uma maneira muito mais proveitosa e sábia, podendo ser útil e cooperando com quem necessitava de amparo. 

Pode-se entender isso por meio do intelecto, mas não é o suficiente; a experiência é necessária. É a experimentação íntima que nos conduz a um outro nível de realização, ajudando-nos a expandir nossa consciência e a apreender algo que passará a fazer parte de nosso ser. A partir daí, é nosso “dever de casa” continuar a alimentar o que quer que tenhamos percebido que nos faz bem por meio da observação dos desdobramentos. No caso exemplificado, foi a paz interior que trouxe a sensação de bem-estar e o fortalecimento da consciência, mas pode ser algo diferente, só seu, que será intuído como importante e vital para você.

Desde aquela época, tenho feito inúmeros experimentos do gênero. Compartilho uma observação interessante: cada experimento é único e distinto, mas sinto que a essência de cada um daqueles experimentos é agregada à alma e, de algum modo, se faz presente na minha jornada; funciona como um “banco de bens sutis” que passa a compor a sua vida e a lhe enriquecer intimamente, apresentando-se nos momentos em que precisa deles.

Ficam aqui meus melhores votos de que você faça bons experimentos com os bons pensamentos que escolher trabalhar.

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Quando nos conectamos a propósitos e valores elevados, recebemos energia, proteção e ajuda que não sabemos de onde vêm. O fato é que, de alguma maneira, essa ajuda parece vir de esferas mais elevadas que a nossa. Ao nos abrirmos a essas “ajudas”, usamos um canal que nos conecta com níveis mais genuínos, puros e superiores do que aqueles aos quais estamos habituados.

O oposto também ocorre quando baixamos o padrão de nossos objetivos a aspectos superficiais e mundanos. Acabamos por ser influenciados pela energia, digamos, “de padrão baixo”, que também existe na “rede cósmica” em que estamos inseridos. 

Podemos dizer que o mundo em que vivemos resulta do “padrão” predominante dos objetivos humanos. São esses objetivos que conduzem as iniciativas que existem no planeta. No fundo, eles refletem o padrão predominante nas consciências individuais que, em conjunto, formam o que poderia ser denominado como consciência coletiva.

Tanto os propósitos elevados quanto os aspectos mundanos fazem parte de nosso alcance de possibilidades e escolhas; isso é algo que permeia a vida dos que habitam o nosso planeta, mas não de todos. Há aqueles que, podemos considerar “especiais”, que viveram ou vivem em nosso planeta e, de algum modo, conseguiram ou conseguem se conectar com esse lado superior aparentemente de maneira permanente; são aqueles que nunca se desligam de seus propósitos e valores elevados. 

Com uma lente mais sutil, podemos dizer que esses seres, por meio de suas vidas, nos revelam algo interessante: eles atuam como “seres espirituais” experimentando a condição humana, e não como “seres humanos” tendo experiências espirituais.

Minha percepção diz que quando ativamos propósitos elevados, a “ajuda” aparece. Automática e gradualmente, nossas vibrações energéticas começam a subir e, quanto mais permanecemos conectados a esse “lado” elevado, tanto mais nos aproximamos de nosso “melhor eu”, em todos os sentidos. Esse “melhor eu” está muito mais ligado ao lado “espiritual” do que ao físico.

Conforme a “escolha” é feita – mesmo que inconscientemente –, seja ela elevada ou mundana, a nossa conexão com um dos lados é ativada, potencializando as nossas características, sejam as mais “iluminadas” ou as mais “obscuras”. No início, a potencialização ocorre gradualmente até que, de uma hora para outra, acontece o predomínio quase que total do padrão “escolhido”. 

O “lado positivo”, potencializado por propósitos e valores elevados, de alguma maneira, nos conduz a experiências pessoais de bem-aventurança e harmonia, simplicidade e bem-estar, clareza de propósito e disciplina-ritmo.[1] Esses propósitos e valores elevados não ficam aparentes na superfície; na maior parte do tempo, nem mesmo precisam ser lembrados conscientemente, pois torna-se natural o vínculo deles com os nossos sentimentos, pensamentos e ações. Eles podem vir à tona em momentos-chave, quando caminhos devem ser escolhidos ou decisões precisam ser tomadas. 

No mais, eles podem permanecer incógnitos. Eles funcionam como raízes de uma árvore que não são visíveis, mas estão lá, ajudando na sustentação e na alimentação, na filtragem e modelagem de tudo que expressamos externamente. O que sustenta esses propósitos é um compromisso interior que emerge e transcende à própria pessoa, que parece se conectar com uma “força” que ela mesma não sabe de onde vem. 

Como exemplos de pessoas especiais e seus propósitos de vida, podemos lembrar o propósito de libertação e da não violência de Gandhi; o propósito de servir, o desapego e a humildade do papa Francisco; a felicidade, o desapego e a compaixão de Dalai Lama; o propósito permanente de servir e compartilhar de Chico Xavier; a pureza e a paz de inúmeros iogues; a determinação e a disciplina de vários monges, o amor a Deus visível nos rostos de inúmeras freiras e tantos outros exemplos que permanecem incógnitos aos olhos do mundo, mas que desempenham seus papéis muito ativamente. 

Notem que mencionei apenas alguns exemplos de pessoas ou grupos que poderiam ser classificados como comuns em alguns momentos de suas vidas. No planeta, dentre as bilhões de pessoas, algumas se tornam ou se tornaram especiais em sua jornada de vida, mas dentre elas, muitas permanecem incógnitas. 

Nossas mentes parecem ganhar em perspectiva quando propósitos e valores elevados estão ativados. Quando isso ocorre, de alguma forma, nossas percepções ganham qualidade e temos a consciência de que “algo maior” se faz presente. Seja em uma realização pessoal ou em uma ideia captada, em uma solução encontrada ou em um sentimento experimentado; a amplitude em perspectiva parece ir sempre além do nível pessoal. 

Algo me diz que grandes insights que mudaram o rumo da humanidade nasceram de mentes que estavam experimentando esse estado de consciência nos momentos em que esses insights ocorreram.

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A diferença entre manter-se numa pretensa “zona de conforto”, em que não há espaço para escolhas nascidas da intuição e da sensibilidade, ou dar vida a elas, faz grande diferença. Pode-se dizer que essa escolha define o tipo de jornada que percorreremos. Pode-se dizer que a escolha que cada um faz define o tipo de jornada que se percorre. Uma jornada, que podemos denominar como sendo convencional, é aquela em que quase toda a energia será usada na sustentação do que já existe, para seguir tendências e manter hábitos. Esta escolha, aparentemente mais simples e fácil, seria aquela em que não precisamos fazer grandes esforços. Nela, toda nossa energia seria usada visando continuar com o tipo de vida que já temos, mantendo o dia a dia num nível quase que inconsciente. Nesse tipo de jornada, poucas surpresas surgem, mas há muito consumo de energia íntima, pois temos que nos adequar a focos e referências que são alterados de acordo com as “ondas” do momento. Quanto mais distantes de nossos propósitos de vida essas ondas estiverem, mais desgaste de energia experimentaremos; tudo com o objetivo de nos ajustarmos a elas. 

No outro tipo de jornada, de coexistência harmoniosa entre razão e intuição, e de zelo com as experiências íntimas, o requisito é um estado de consciência mais elevado e, para tal, esforços são necessários. Teremos que cuidar de “ideias-sementes” até que elas germinem e, na sequência, ganhem vida e passem a florir, dar frutos e perfumar os percursos a serem percorridos. A energia empregada para isso também será usada para dar luz aos caminhos escolhidos, fazendo com que a sensação de plenitude seja mais presente e o propósito de vida mais perceptível, tornando cada dia único e especial, por mais simples ou trivial que ele aparente ser. 

Portanto, temos duas opções de jornada: uma, de poucos esforços, mas com baixos níveis de consciência e desgastes e perdas de energia que não acarretam na progressão individual e a outra, em que esforços íntimos serão requeridos o tempo todo, mas com consciência, foco e referências, e experimentando um grau de amadurecimento espiritual que nos proporciona ânimo e autoestima. 

Em quaisquer caminhos, viveremos de acordo, mas é importante ver que haverá diferenças significativas entre eles. Uma distinção relevante é quanto à escolha do caminho aparentemente “mais fácil”, no qual há grande risco de deixarmos de observar e apreciar sutilezas que se apresentam em nosso dia a dia. E, muitas vezes, tais sutilezas nos dão sinais de transformações, nossas ou do contexto em geral, que, se percebidas, possibilitariam mudanças de atitudes de nossa parte. 

De fato, a diferença principal é que, no segundo caso, em que mais esforços são requeridos, usamos mais de nosso potencial, começando por aliar a intuição à razão e experimentamos um nível de consciência mais elevado em nossas vidas; isso se refletirá em mais inovação e quebras de paradigmas naturalmente. Isso transparecerá não apenas em aspectos relevantes, mas também nos pequenos detalhes que compõem o nosso dia a dia. 

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Sem o uso da intuição raramente existirá inovação. Inovar, algo tão buscado hoje em dia, torna-se natural com o uso da intuição. Bem sabemos que conforme nossas escolhas serão os caminhos e a jornada que percorreremos. Ter mais obstáculos ou mais facilidade, mais dúvidas ou mais clareza durante a jornada tem a ver com a maneira como aliamos a percepção intuitiva ao nosso conhecimento racional. 

Fazer essa aliança coexistir em harmonia e fazê-la perdurar é o desafio para qualquer um que queira experimentar equilíbrio interior e, consequentemente, adentrar um novo universo em nossas vidas, com belezas e revelações incríveis. No entanto, junto das benesses também virão novos problemas e novas “dores”. A diferença é que, de algum modo, quando fazemos escolhas intuitivas, baseadas em um estado de consciência elevado, automaticamente nos vemos num novo patamar, tanto de consciência, como de pensamentos, sentimentos e atitudes. Nossa sensibilidade manifesta-se espontaneamente e passamos a encarar esses problemas e dores não mais como algo negativos, mas como parte da jornada. Ou seja, há transformação na forma como enxergamos e entendemos os problemas ou as dores que enfrentamos. Sob esse prisma, passamos a vivê-los de uma forma inovadora para nós mesmos. 

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No nível pessoal, a real quebra de paradigmas e tendências só começa a ganhar vida quando a consciência experimenta novos estados de realização. Isso num nível profundo e muito íntimo. 

Quando as experiências íntimas nos dão força e confiança suficientes é que nos permitimos sustentar as escolhas nascidas da intuição; sementes da transformação começam a germinar e podem, se regadas apropriadamente, florescer. Quando isso ocorre, escolhas inovadoras começam a ganhar vida sem medos ou insegurança. 

Sabemos que conforme as escolhas serão os caminhos e a jornada. Ter mais obstáculos ou mais facilidades, ou mais dúvidas ou mais clareza tem a ver com a maneira como aliamos a percepção intuitiva ao conhecimento racional. Fazer essa aliança coexistir em harmonia, e fazê-la perdurar é o desafio de qualquer pessoa que queira inovar em qualquer área de sua vida. 

A coexistência harmoniosa entre as percepções intuitivas e o bom uso do raciocínio abre portas para novos horizontes em nossas vidas, com revelações incríveis. Não é que novos problemas e novas “dores” não existirão mais. Isso faz parte da jornada como seres humanos. A diferença é que, de algum modo, haverá a possibilidade de se observar um novo patamar, tanto de consciência, quanto de pensamentos, sentimentos e atitudes. Isso nos ajudará a encarar e conduzir a vida com mais confiança e espontaneidade. 

Na prática haverá “inovação” no próprio modo de ser e de viver, seja apreciando e usufruindo das boas experiências, seja superando obstáculos ou solucionando problemas. A atitude singular de abrir as portas de sua própria vida à inovação significa quebrar paradigmas em sua própria maneira de viver.

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Quando pensamos em vida consciente, pensamos no ser humano. Como nós, seres humanos, nutrimos nossas necessidades? Pode-se dizer que nutrimos nossas necessidades orgânicas com o ar, com a água e com os alimentos originados da natureza, mas e quanto às nossas necessidades espirituais? 

Tudo envolve o uso de energia; sempre estamos emitindo e recebendo energia, seja no plano físico, seja no espiritual. 

No âmbito da espiritualidade, cerca de 90% da população têm algum tipo de crença espiritual, sendo que, desses, cerca de 70% creem em Deus.

Em termos espirituais, a questão que surge é: onde buscar essa energia? De onde ela surgirá?

A resposta que alcanço é: há duas fontes possíveis que estão disponíveis o tempo todo, às quais podemos nos conectar. A primeira, e fundamental, é ativada quando manifestamos a consciência de quem somos verdadeiramente. Nesse caso, a casa de força, que está dentro de cada um de nós, é ativada quando manifestamos a consciência de sermos seres espirituais experimentando a vida no plano físico. Ou seja, somos almas ou espíritos, não importa o nome; o requisito é que tenhamos a consciência de sermos seres espirituais vivendo no plano físico, e tenhamos claro de que nossos corpos são nossos veículos de interação com o mundo físico. Quanto mais desenvolvemos essa consciência, mais poder interior experimentamos. Essa é a primeira fonte de energia ativada quando manifestamos a consciência de sermos seres espirituais. 

A segunda fonte, e ainda mais poderosa, tem como requisito a ativação da primeira, e é ativada quando temos a lembrança de Deus. Quanto mais refinada for a lembrança de Deus, mais energia fluirá em nossa direção, preenchendo-nos e iluminando-nos internamente. Quanto mais presença de Deus tivermos em nossas vidas, mais energia espiritual fluirá em nossa direção.

Portanto, o fluxo de energia espiritual que nós, almas, recebemos, depende desses dois aspectos: primeiro, de nosso senso de identidade, ou seja, de quem somos verdadeiramente. Quando temos claro que somos seres espirituais, naturalmente ativamos a casa de força, ou o gerador de energia vital, que possuímos internamente. E, segundo: da nossa lembrança de Deus. Conforme a qualidade da nossa conexão com Deus, será o fluxo de energia espiritual que receberemos.

Quando liberamos essas forças dentro de nós, permitindo que elas fluam em nossa jornada de vida, a sensação de plenitude estará mais presente e o propósito de vida estará mais perceptível. 

O senso de identidade, saber quem somos, estabelece um estado de consciência que nos possibilita transitar pelos inúmeros papéis que desempenhamos no mundo, sem nos confundirmos com os papéis que representamos. Como um ator de teatro, que tem claro quem é, apesar de desempenhar os mais diversos papéis.

Para que as vibrações de Deus cheguem a nós, temos que estabelecer conexão com Ele. Para isso acontecer, de alguma forma, temos que elevar nosso nível de consciência. Com a consciência correta, independente dos cenários externos, a alma experimenta calma e paz interior e, assim, colocamos nossas mentes em um estado em que somos capazes de absorver energia de Deus. Essa energia vem por meio da absorção das qualidades de Deus. Assim, nossas mentes são preenchidas com vibrações de amor, paz, poder, verdade, pureza, felicidade, e tantas outras qualidades. Com o preenchimento de nossas mentes com as qualidades de Deus, há a experiência de bem-estar, bem-aventurança, contentamento, proteção e segurança e, assim, elevamos ainda mais o nível de consciência que experimentamos. 

O grande desafio é a sustentabilidade de tais estados. 

A lembrança de Deus se sustenta na forma como sentimos, entendemos e aceitamos Deus em nossos corações. Seja por meio da meditação, da oração, do estudo, da filantropia, caridade, benevolência ou quaisquer outros meios, a lembrança de Deus ocorre, notadamente, quando sentimentos de amor e de confiança estiverem presentes. A formatação da relação tem sua importância e pode ajudar, mas no fundo, o que estabelece a profundidade na relação com Deus são os sentimentos verdadeiros que manifestamos intimamente. Nossos sentimentos refletem o nosso amor e a nossa confiança Nele. 

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É nosso dever perceber e valorizar os dons e dádivas que temos como seres humanos. Dentre eles há o instinto. Em situações emergenciais, muitas repentinas, quando não temos tempo de avaliar racionalmente, nem há tempo de deixar a intuição se manifestar, o instinto pode ser o nosso melhor instrumento. Em tais situações, o instinto é ativado e nos impulsiona a alguma forma de agir.

Portanto, em casos de emergência, quando alguma decisão precisa ser tomada de imediato ou uma escolha deve ser feita no momento; se não houver espaço para a manifestação da intuição, o instinto vai nos guiar. Há inúmeros relatos de casos extremos, de acidentes evitados ou perigos atenuados em que o instinto se fez presente. Muitos já ouviram ou presenciaram casos de mães tomando atitudes de proteção em relação a seus bebês, ou de acidentes, em que atitudes instintivas ocorrem e evitam o pior. 

Quando houver algum tempo, mesmo que seja um tempo curto, dentro das condições que tiver, antes de tomar qualquer atitude, inspire fundo e expire lentamente, seja por 7, 10 ou 20 segundos. Seja o tempo de beber um copo de água ou de ir ao banheiro, não importa; no tempo que tiver disponível, mesmo em situações extremas ou surpreendentes, procure respirar fundo e criar condições internas para ter um maior estado de harmonia interna. Minimamente, uma atitude assim poderá ativar a sua intuição e lhe mostrar como agir, evitando qualquer atitude intempestiva. 


[1]. Neste texto, autor relaciona disciplina ao ritmo. Quando há harmonia, a disciplina torna-se um ato natural, como o ritmo de uma dança ou o fluir das águas, ou do ar em movimento. Segue-se uma disciplina que torna-se natural, como o ritmo experimentado numa dança.

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