Ser astrônomo ou ser poeta?

Ser astrônomo ou ser poeta?

Que curso fazer na faculdade?
Que área de atuação profissional devo escolher?

O texto “SER ASTRÔNOMO OU SER POETA?” sugere uma reflexão para quem está buscando escolher um novo caminho para seu futuro. Em especial, pode ser útil para quem está no processo de escolha de que área cursar numa faculdade ou quem esteja com a intenção de mudanças em suas vidas e pensando em escolher uma nova área de atuação profissional.
 
Decidir que curso fazer numa faculdade ou mudar o foco para uma nova área de atuação profissional representa escolher abrir uma porta que vai apresentar um novo caminho dali para frente em sua vida. Mas faz-se importante ressaltar que as escolhas que fazemos nunca representam o final da linha ou definem nosso futuro de maneira imutável. É relevante considerar que mudanças de percurso podem ser feitas em quaisquer etapas de vida em que nos encontremos – independente da idade ou do estágio em que nos encontremos em nossas jornadas de vida. Portanto, uma escolha feita não implica que não possa ser mudada ou aprimorada depois.

Ao pensar na escolha de que rumo seguir, ou de que faculdade fazer, muitas opções estarão presentes. A pergunta-desafio que surge é: o que devo escolher?

Pergunta comum, com desafios nem sempre fáceis de serem vencidos… com respostas que ninguém, exceto a própria pessoa, pode ter e assumir.
Seria muito simples a resposta, se estivéssemos com nossas antenas “ligadas” e captando só o que nos interessa… mas raramente isso ocorre.
Em vez disso, poluímos nosso “filtro” com milhares de informações e referências e nada parece fácil… ‘nem sei o que quero, nem sei de que gosto‘ e assim vai…

E misturando informações que mais confundem que esclarecem, o fato é que, tanto o jovem quanto a pessoa mais madura, comumente, deixam de ser os donos da escolha, da decisão e passam a seguir rumos por serem valorizados pelo 'mercado' ou por outros. 'É a melhor opção, o que dá mais dinheiro', e assim segue. Certamente, a escolha correta, para quem quer que seja, não é por aí! 

Por quem é valorizado?
‘Ora, …não sei, só sei que falam tanto, que ou acaba entrando na minha cabeça ou ela fica vazia’.

Além disso, há algumas referências que enganam, tipo: ‘ganha-se bem fazendo tal atividade’… ‘veja: a concorrência é grande naquele curso, é o mais difícil ou aquela área é a mais reconhecida… por certo deve ser o/a melhor…‘ e assim vai.

Com algumas distinções, uma variedade de pontos que parecem importantes surgem; mas, até que ponto são realmente importantes?
O fato é que a pessoa, seja ela jovem ou adulta, procura resolver essa situação, na maioria das vezes, sem lembrar de por que, como,  e por quem tal situação foi gerada.

Começa-se a ouvir ‘especialistas’. (Em quê? Em ser felizes?)

Dá-se o exemplo de pessoas bem sucedidas (Pelo prisma de quem?).
Por fim, sem ainda ter clara a escolha a fazer, uma decisão é tomada… ponto final.

A partir de uma decisão tomada, não é raro a pessoa se desconectar da razão original que a conduziu até aquela tomada de decisão. A partir daí a pessoa procura se convencer que tudo o que vem à frente é normal e faz parte do processo; seja alguém pensando no que vai cursar numa faculdade, ou alguém buscando uma nova área profissional em sua vida.

Bem, neste momento, proponho interromper o fluxo dos passos dados até aqui – sugiro uma reflexão para quem está buscando escolher um novo caminho para seu futuro.

Como amadurecer uma ideia?

Um primeiro aspecto, que é fundamental, é: olhar para dentro, em vez de olhar o que está fora. Outro fato é que, quando se é jovem, dificilmente haverá tempo para amadurecer o suficiente até poder tomar uma decisão, mas quem tem que ter amadurecido, você ou a ideia? Eis a questão!

A ideia pode ser amadurecida, independente de sua idade ou do tempo.
Bem, como amadurecer uma ideia?
Ao meu ver, o melhor jeito é relacionando a ideia com o que é mais importante, que é o propósito – que, de fato, faz a ideia existir.

Quando você percebe um propósito em fazer algo, a sua ligação será com o propósito e não com as ideias. Isso vale tanto para quem está num momento de escolha de qual curso fazer numa faculdade quanto para quem busca uma nova área profissional para atuar.

E como identifico um propósito?

Com por quês e para quês!
É com esses questionamentos, voltados a chegar à essência do que se busca que afastamos as tendências de olhar para fora e de receber respostas prontas. Ao colocar por quês e para quês em nossa jornada íntima, nós acolhemos temas que abraçamos, não intelectualmente, mas amorosamente e, ao fazer isso, conduzimos nosso olhar ‘para dentro‘. Para chegar nestes ‘por quês?’ e ‘para quês?’ sugiro os seguintes pontos para refletir:

Pontos para refletir.

1) Sobre a escolha
Tente o mais que puder ser a dona ou o dono de suas escolhas e decisões – por mais fora do padrão ou erradas que possam aparentar ser. De fato, suas escolhas e decisões conduzirão a um caminho, que é o seu, escolhido por você!… A partir da escolha, quando o fizer, percorra-o da melhor maneira que puder. Lembre-se:  ‘você o escolheu! Ele é o seu caminho!’

A sua responsabilidade é torná-lo atraente! Para você mesmo, primeiramente. A partir daí, você poderá visitar outros caminhos e apreciá-los, sem medo, mas sempre sabendo qual é o caminho que escolheu. Mas aqui vale uma lembrança: não caia na ilusão de que será tudo fácil, agradável e que não terá obstáculos a superar e desafios a conquistar. Todo caminho tem suas dificuldades e decepções. Seja com pessoas com quem trabalhará ou com atividades que não seriam as suas preferidas.

Não confundir ser a dona ou o dono das decisões naquilo que realmente interessa com a superficialidade ou imaturidade de não participar de atividades coletivas, só porque não foi você quem decidiu o que fazer ou porque não é exatamente o que esperava. Estamos falando aqui de um caminho a escolher – que conduzirá a seu futuro; de que faculdade escolher ou de que atividade profissional deseja abraçar.

Esteja consciente, mesmo que não admita completamente, que quando a pessoa ama o que faz, as dificuldades ou desafios, decepções ou frustrações, não estarão ali para derrubar, ou para desanimar. O fato é que quando há um propósito e um comprometimento nascidos de dentro para fora, todos esses “obstáculos aparentes” a/o ajudarão a ser uma pessoa melhor.

2) Tela Mental
Escolha aquilo que realmente toque o seu coração… De novo: ‘não se limite a ficar na superfície daquilo que está sendo valorizado no momento… tipo o dinheiro ou a empregabilidade… etc’. Pergunte-se: Gostaria de fazer esse tipo de atividade o resto de minha vida?
Coloque sua tela mental para trabalhar: visualize-se em momentos simples do dia a dia fazendo aquele tipo de ação. Como você se enxerga nessas cenas: feliz, bem com você mesmo? Isso ajudará a mostrar se você realmente gosta daquele tipo de atividade.

É importante saber que você não está sendo influenciada/o por visões limitadas e limitantes. Vale lembrar Tolstoi: Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira. Enquanto exercita seu passeio pela tela mental, busque enxergar seu olhar, sua fisionomia, cores do que te cercam, pessoas com que lida; procure sentir sua respiração, sua postura naqueles momentos. A sua intuição mostrará se é algo que tem a ver com você ou não.

3) Observando uma pessoa fazendo o que gosta e o que acredita!
Voltando ao campo da sua vida presente. Busque encontrar uma só pessoa – que tenha decidido fazer aquilo que gosta e acredita (O que quer que seja). Pode ser que haja alguém em sua própria família, ou na família de algum(a) amigo(a). Caso não se lembre de ninguém, busque observar mais. Ao estabelecer essa meta; ao observar mais e mais – sem pressa; seja andando na rua ou em quaisquer outros cenários, ao observar pessoas que se apresentam nas diferentes circunstâncias  de sua vida, essa pessoa surgirá – não se importe se isso vai acontecer em uma hora, um dia , um mês ou mais.

Quando essa pessoa que gosta e acredita no que faz surgir, apenas observe como ela interage com o mundo. 

Observe o que é importante para ela: são os grandes resultados ou seus momentos - mesmo os mais simples e comuns fazendo aquilo que gosta? 

Pare para pensar. E coloque a meta de encontrar uma só pessoa que tenha escolhido viver do que gosta e que não esteja vivendo de maneira satisfatória com ela mesma e com o mundo ao redor dela.

4) Relação entre o que você valoriza e sua felicidade. 
Perceba a relação entre o que você valoriza e como isso influencia sua felicidade.
Quem é mais feliz: quem tem resultados valorizados pela sociedade que a cerca, ou quem valoriza aquilo que faz, independente da visão dos outros?

5) Percebendo valores
Acostume-se a perceber os valores naquilo que ninguém valoriza… Assim, naturalmente, você perceberá do que você gosta ou não. Esse exercício a/o ajudará a ter clareza para saber o quê e quando fazer.

6) Como quero viver minha vida?
Questione, pelo menos internamente, o convencional e a rigidez… Eles, em excesso, dificultam uma vida espontânea e rica em atitudes genuínas.

Como quero viver minha vida: com hábitos que me ajudam a ter momentos de alegria e harmonia interior ou de monotonia e de ausência de propósitos?

São os momentos que ajudam a iluminar e preencher nossas vidas. Conforme nossas escolhas, serão os momentos vividos por nós.

Como diz uma amiga empreendedora bem sucedida em várias áreas de atuação, “de alguma forma, os ensinamentos e a prática do(s) curso(s) que escolhemos têm influência na nossa forma de pensar e na nossa vida em geral. E que devemos sempre observar o que estamos aprendendo com os ensinamentos que recebemos. Esta observação nos ajuda a fazer escolhas.”

E um detalhe importante a considerar, como coloca uma outra amiga professora de conceituada universidade, “é o da pessoa ter noção de desafios que serão inerentes à atividade escolhida. Em qualquer que seja a escolha, haverá desafios, adversidades e problemas que fazem parte da realidade dos diversos campos de atuação. Ajuda na escolha, também colocar este contexto dos desafios, adversidades e problemas na balança, antes de definir uma escolha.”

7) Universo de possibilidades.
A sugestão é pegar uma folha em branco e desenhar várias nuvenzinhas. Em cada uma delas relacione uma área que desperte seu interesse. É fundamental abrir o leque de possibilidades.

Viaje pelas águas do oceano, mergulhando no universo subaquático, navegando pelos mares, chegando a outros continentes, passeando pela terra, subindo as montanhas, algumas tropicais, outras nevadas; voando pelos ares, experimentado-se nos limites de nossa atmosfera e indo além, pelo nosso sistema solar, nossa galáxia e pelo universo estelar.

Não se atenha apenas às atividades convencionais. Em cada cenário desses encontrará seres, plantas, animais, sons, músicas, cores, desenhos, aromas, desafios e possibilidades que se relacionam com atividades que podem se abrir a você. Algumas delas têm mais a ver com sua natureza íntima. A tarefa é permitir-se sentí-las e perceber qual ou quais delas tocam mais seu coração.

Após ter algumas nuvens-temas já preenchidas; só depois mergulhe em cada uma delas, avaliando o quanto ela realmente te atrai. Em cada nuvem, pendure palavras que sejam relevantes àquela atividade listada. Seja autêntica(o) nas anotações e vá além dos padrões ao anotar palavras. Lembre-se de fazer o exercício de visualizar-se exercendo aquela atividade. Veja-se em momentos simples do dia a dia exercendo aquela atividade.

Parece muito trabalhoso e intenso fazer isso para escolher um caminho em sua vida ou qual curso deve escolher na faculdade?
Bem, é melhor amadurecer a ideia dentro de si e escolher, por si, que seguir uma ilusão que te aponta um caminho fácil, mas enganoso; para então descobrir, lá na frente, que sua escolha nada tinha a ver com você, verdadeiramente.

Para complementar esse exercício, leia o próximo item para enriquecer sua experiência.

8) Lembrando seus gostos, interesses e preferências
Pense nas atividades do dia a dia que mais gosta de fazer; pense com calma, esqueça o mercado, os cursos de faculdade, simplesmente procure lembrar quais são suas preferências; relembre-se de seus gostos e de seus interesses.
‘Ah, gosto de esportes’. Por que não procurar algo relacionado a esportes.
‘Ah, eu me interesso por ver documentários que mostram os cenários de nosso planeta’. Reflita: o que isso te diz?
‘Ah, eu gosto de música mais que tudo’. Por que não procurar me informar sobre as várias possibilidades no universo da música? O ser humano precisa de música. As escolas precisam de música. A vida precisa de música. A música transforma vidas, a vida transforma momentos.

Áreas de atividades

A seguir vamos dar umas ‘pinceladas‘ em algumas áreas. Quando identificar alguma área que você pensa ser interessante, coloque em uma nuvenzinha (item 7) e, apenas após completar esta leitura e ter  as várias nuvenzinhas no papel (se tiver apenas uma, ótimo), sugiro ir na essência da atividade e ver sua relação verdadeira com os temas que tiver lembrado. Visitemos algumas áreas.

Saúde

Ser médico, enfermeiro, dentista, fisioterapeuta, terapeuta, psicólogo? Quando se fala em atividades relacionados à saúde pode ocorrer o pensamento: ‘Ah é legal, valorizado, as pessoas reconhecem, respeitam’, certo?
Bem, isso não interessa nem um pouco na escolha. A pergunta aqui deve ser: qual é o meu sentimento no trabalho de ajudar a tratar de pessoas? 
Se o amor não está em seu coração, esqueça; você nunca exercerá aquela função sentindo felicidade em seu íntimo; e pior, daria mau exemplo a futuros médicos, enfermeiros, dentistas ou fisioterapeutas. Caso esta área te toque de modo especial, lembre-se: o horizonte ainda se amplia – há um universo de possibilidades relacionados à saúde; há a Medicina convencional, a Medicina Ayurvédica, a Medicina Tradicional Chinesa, etc. E há inúmeros locais – e instituições, as quais proporcionam excelente formação, não só nas faculdades mais reconhecidas.

Igualdade, Legalidade e Direitos fundamentais  

Ser advogada(o)? Vá na essência: você sente profundo respeito à ética, ao que é direito, ao justo, ao correto? Sente que seria uma pessoa devotada à dignidade humana e aos direitos, em suas várias frentes? Sente felicidade ao pensar no generoso sacrifício à ética, à moral e ao direito? Conviveria com isso tudo com amor verdadeiro em seu coração? Se sim, ótimo; há várias frentes a pensar: direito internacional, direito comercial, direito tributário, direito trabalhista, direitos humanos. Pesquise e procure sentir a sua relação com cada um deles.

Relações internacionais

Que tal ser um(a) diplomata? Mergulhe na essência das relações com a diversidade de culturas em nosso planeta, na amplitude de cenários, de harmonia ou de conflitos, de riqueza ou de extrema pobreza. Ao passear pelas várias possibilidades, sinta a essência de você exercendo aquela atividade. Ao passar pelos vários cenários, continua exercitando o amor em servir em seu coração?
Procure se informar sobre o excelente curso de formação do Instituto Rio Branco, que é vinculado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE). Sugestão: ao visitar Brasília, não deixe de conhecer o belíssimo Palácio Itamaraty, sede do MRE, construído apenas com materiais nacionais e com obras apenas de artistas nascidos ou naturalizados brasileiros em seus salões. Conheça a história de Souza Dantas, que foi diplomata brasileiro na França, e ajudou centenas de judeus e e outras minorias perseguidas pelos nazistas durante a segunda guerra mundial, concedendo vistos para o Brasil. Procure conhecer a história de Sérgio Vieira de Mello, que por cerca de três décadas atuou nas Nações Unidas, sempre indo ao “campo” da ação. Há filme e documentário sobre a vida deste brasileiro magnífico que poucos brasileiros conhecem.

Gosta do céu?

Ser astrônomo ou ser poeta? Olhe a maravilha de nosso universo. Quão inspirador é olhar o céu e ver as estrelas, ou admirar a luz, o sol? Ver com olhos de um poeta, daquele que mergulha na essência e na beleza da vida? Ou ainda, querer entender a dinâmica das estrelas, das galáxias; e conhecer as leis cósmicas? Inspire-se assistindo ao ótimo filme “Contato”, com Jodie Foster e Matthew McConaughey. Vale a pena também ler o livro de mesmo nome no qual o filme foi baseado. Alguns bons insights podem surgir, tanto do filme, quanto do livro.

Gosta do céu e de voar, mas talvez não pense em ser um astronauta. Quem sabe um piloto de avião ou de helicóptero, por que não? Tudo custa muito caro?
Sugestão: não pensar nos obstáculos! Ao perceber um horizonte profissional que te agrade, procure ver tudo que há relacionado àquele horizonte. Procure ter informações nos mais diversos locais.  Há cursos excelentes da Força Aérea Brasileira, em academias espalhadas pelo Brasil. Quem não se maravilha com os excepcionais pilotos das esquadrilhas da fumaça espalhadas pelo nosso país? São extremamente técnicos, verdadeiros experts na arte de pilotar que fazem maravilhas nos nossos céus. O mesmo se gosta do mar; a Marinha do Brasil também oferece inúmeros cursos – que podem te surpreender.

Meio ambiente

Ser um(a) biólogo(a), ou um(a) ambientalista? Não pense apenas na importância desses temas para nosso planeta. São temas maravilhosos e super importantes, mas pense na sua relação com eles. Sinta-os em sua alma. Conheça a história de Lutzenberger, um brasileiro mais reconhecido mundialmente que no próprio Brasil. Leia: “Lutz: A história da vida de José Lutzenberger, o grande ambientalista do Brasil” ou ao menos pesquise um pouco sobre o papel e ações deste brasileiro notável.

Ajudar pessoas necessitadas?

Há inúmeras frentes de serviços comunitários; em cada um deles há uma ampla gama de maneiras de contribuir e participar. Servir e ajudar é o que mundo mais necessita. No Brasil e no planeta todo há exemplos inspiradores de pessoas incógnitas que, diariamente, ajudam e servem sem serem reconhecidos; há aqueles que levam alegria, há os que levam alimentos, há os que levam alívio àqueles que necessitam de alguma forma de ajuda.
A caridade, a fraternidade e a solidariedade não são atributos específicos de uma única profissão, mas pode ser parte integrante de qualquer uma delas.
A assistência social é um dos caminhos mais notáveis dentre todas as atividades humanas. Conheça um pouco sobre o excelente trabalho do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ou Agência da ONU para Refugiados),  da Fraternidade Sem Fronteiras ou dos Médicos sem Fronteiras. Procure conhecer outros trabalhos de pessoas e organizações que ajudam crianças e populações carentes.

Transformando tecnologias em realidade

Sente-se alguém ajudando a fazer tecnologias sairem dos papeis e se tornarem realidade? Ah… você tem boas chances de ser um(a) engenheiro(a).
A engenharia é outro universo muito amplo, com inúmeras áreas (Elétrica, Mecânica, Civil, Química, Florestal, Produção, Aeronáutica, Aeroespacial, Mecatrônica, Biomédica, Agronomia, Computação, Ambiental e Sanitária, Nuclear, Nanotecnologia, Inteligência Artificial, Software e outras). Gostaria de misturar engenharia com música, cinema, televisão ou rádio? Que tal engenharia de som? A importância dos alimentos no mundo de hoje? Que tal Engenharia de Alimentos?  
Um bom engenheiro jamais se afasta da ética ou dos valores primordiais, assim como os de respeito às normas técnicas. Se se afastar não é um bom engenheiro. (Exemplos variam de acordo com a área, mas seguem alguns: “aceitar menos do que os cálculos e a  normas indicam, usar bitola menor para um cabo elétrico, estruturas  com menor capacidade do que as calculadas, aceitar o uso de asfalto de baixa durabilidade, ‘fechar os olhos’ para o descarte irregular do lixo atômico e resíduos nucleares, etc.'”).

A engenharia ensina a pessoa a estudar e a planejar, a avaliar e a gerenciar, a projetar e a executar. Por isso, muitos engenheiros acabam assumindo cargos de gestão ou passando em concursos fora de suas áreas e acabam se afastando de suas especialidades originais; o que, numa visão de país, acaba sendo uma perda de inteligência – outra é a perda, por culpa do próprio país, de excelentes profissionais para o exterior, pois muitos dos conhecimentos recebidos gratuitamente nas faculdades federais e estaduais acabam não sendo usados para o país. O engenheiro é lembrado como um solucionador de problemas. Um bom engenheiro deve ser um bom representante da empresa que representa e isso envolve ter muito claros o compromisso com a ética e com a honestidade e isso mantendo o espírito criativo e inovador, que o ajuda a buscar as melhores soluções, mas sem colocar em risco os beneficiários de seus trabalhos. Não se deixando levar por interesses de terceiros que podem incentivar o desrespeito às normas técnicas ou oferecer caminhos enganosos quando em licitações ou concorrências para a execução de projetos, obras, etc.

Um grande engenheiro? Talvez o maior engenheiro elétrico que já pisou em nosso planeta: Nikola Tesla.

Mas, além da engenharia e dos exemplos anteriormente citados, há outros universos profissionais a sondar. Há tanta maravilha a ser explorada e pesquisada. E há espaço em todas as frentes. 

Rainha das Ciências

‘Ah, eu já me ligo mais em matemática, cálculos’. Por que não adentrar mais na filosofia que cerca este universo, há muita coisa interessante nele. A matemática é considerada a “Rainha das Ciências”. No universo da Matemática há muito a descobrir. Inspire-se com Pitágoras, Ramanujan, Leibniz e outros gênios. Sugestão: procure informações sobre eles. especialmente Ramanujan. Dica: assista ao filme The Man Who Knew Infinity ( O Homem Que Viu o Infinito).

Ciência da Natureza

'O que é a eletricidade? O que são as cores? O que provoca o magnetismo? Como os planetas ou as estrelas se comportam? Como o vento pode gerar eletricidade? O que é o som?'

Você gostaria de entender os fenômenos da natureza?   Ah… você é um(a) amante natural da Física. A Física é a ciência da natureza. É maravilhosa. E também se relaciona muito à filosofia. Por que não pesquisar campos que fazem parte da Física. Há inúmeros.  E, também, há muita coisa interessante a descobrir. Procure saber mais sobre Marie Curie, Galileu, Einstein e Newton. Estes são alguns dos físicos geniais que nos ajudam a transcender.

A Missão

Gosta de entender as coisas e de ajudar outros a entenderem?
Compartilhar o que aprendemos é a melhor maneira de entender o que está sendo compartilhado. Ser professor(a) é uma missão de vida, mais que uma profissão. É um universo maravilhoso. Pesquise sobre as inúmeras possibilidades que abrangem o papel de ensinar. Lembre-se de seus melhores professores. O que fazia deles professores especiais? Reflita e inspire-se!

Por quês e para quês?


'Ah..eu não tenho nada de que realmente gosto!'

Será?
Apenas reflita: há alguma coisa que a(o) atrai mais que outras; é apenas questão de observar. Ao notar certos hábitos que você têm, você obterá algum direcionamento. Pode até parecer bobagem para você, mas aparentes ‘bobagens‘ podem mostrar-lhe do que gosta.
Exemplos: você pode gostar de comer, assistir algum tipo específico de esporte, ficar sem fazer nada, olhar o céu, andar, dormir, escutar música, assistir filmes, contar estórias, apreciar a natureza, ficar com alguém, sei lá. Essas aparentes ‘vontades’ podem ter dizer mais do que você imagina. Pense nisso. Pense nelas como um observador: por que  eu gosto de  …?

Apenas pergunte-se: por que você é atraído a gostar daquilo ou de alguém?

Ao ter uma resposta, pergunte-se de novo: mas por quê? O que me atrai naquilo ou naquela pessoa?
Nova resposta e, se necessário, nova pergunta, até chegar a uma resposta que indique algo mais a ver com sua natureza. Chegará ao cerne do que realmente gosta e à razão por que realmente algo ou alguém atrai sua atenção.
A partir daí, dos ‘por quês‘ você começará a juntar o sentido dos ‘para quês’. Para que fazer isso? Porque …
Isso tem a ver com propósito – de vida, mais que de convenções e padrões.
Esse é um jeito simples de descobrir propósitos em sua vida.

Propósito – a agulha da bússola!

Ao perceber internamente do que gosta; ao sentir mais como você é, como é sua natureza, você começará a ver que as escolhas e decisões corretas terão mais a ver com propósitos que com ideias. Estas (as ideias) poderão mudar, de acordo com os cenários, momentos e situações, mas o propósito, este será mais profundo e mais estável. Ao ver esse processo acontecendo, mesmo as ideias começarão a ser mais originais e com um “quê” mais pessoal.

Os propósitos funcionam como a agulha da bússola, indicando a direção e o sentido a seguir, mostrando  caminhos para experimentar o que gosta no seu dia a dia. O propósito maior, talvez seja o de ser feliz, mas há propósitos de vida que, talvez ainda não tenham sido percebidos e eles podem mostrar a direção a seguir. O objetivo é começar a identificar qual é essa direção e o sentido a seguir com sua vida. E fazendo o que te faz sentir-se bem e feliz.

Lembre-se: os propósitos nem sempre estão na superfície; descubra-os e, a partir daí,  conviva conscientemente com eles presentes em sua vida.

O exercício para tal,  será o de sair da camada superficial e tentar ver o que tem mais a ver com você neste planeta.

O convencional e a rigidez em excesso restringem a criatividade e a simplicidade, e acabam por inibir a força do livre arbítrio; procure sentir-se livre, e em paz enquanto faz essas reflexões.

Siga sua intuição, lembrando sempre que, com certeza, há algo especial para você, que fará você sentir-se mais especial naquela atividade, de um jeito em que naturalmente você venha a se tornar bom naquilo, de uma maneira sua, pessoal.

Sugestão de exercício: 

Dentre as várias áreas, seja como esportista ou músico, escritor ou mergulhador, engenheiro ou fisioterapeuta, professor ou voluntário humanitário, físico ou dançarino, ator ou matemático, piloto de jatos ou policial, atleta ou cuidador de pessoas, pesquisador ou escritor, filósofo ou arquiteto, paisagista ou jardineiro, pintor ou ...(lembre-se de outras atividades). Escolha a que te atrai e imagine-se atuando naquela área. 

Faça esse exercício, com a área que te parece ser interessante.
Ao pensar em uma, procure inserir o tema em uma ‘nuvenzinha
(item 7) para, posteriormente visualizar em sua mente  o que aquela atividade desperta em você. Quando procurará perceber: os aspectos que surgem estão relacionados a interesses superficiais, honrarias e reconhecimentos superficiais; ou ainda, principalmente a interesses materiais? Ou, de fato, sente que seu coração brilha quando você pensa em se dedicar àquela atividade? Quando isso ocorre, aí está um bom sinalizador.

Essa percepção pode mostrar o seu sentido de vida. E este sentido ajudará a mostrar que suas escolhas e decisões têm que estar no mesmo sentido daquilo que você quer para você. Quando se está consciente disso, as suas escolhas parecerão mais leves e mais naturais. Por trás dessa leveza há uma constatação: O que pode mudar nossa vida é a nossa consciência. E, de algum modo, você perceberá que sua identidade está no seu sentido de vida. 

No dia a dia, na grande maioria das áreas, um bom profissional é um bom construtor de soluções e um bom profissional não deve se assustar com os desafios; aliás ele conviverá com desafios durante toda sua carreira. Isso aplica-se praticamente a todas as áreas, seja na vida de um professor, médico, policial, um engenheiro, físico, terapeuta, advogado, astronauta, escritor, atleta, cuidador de pessoas, pesquisador, etc

Fica aqui a dica: não se limite às atividades convencionais, há um universo de opções muito pouco conhecido ou valorizado pela maioria. Lembre-se também que há áreas que até são conhecidas, mas que são bem pouco lembradas quando a pessoa pensa em focar como área principal em seu futuro, como espiritualidade, por exemplo, um universo tão importante e amplo; ou sustentabilidade, de que tanto se fala, mas há tanto a construir; diplomacia, ecologia, agronegócio, literatura, astronomia, artes, línguas, filosofia, aeronáutica, marinha, física, e, esquecida principalmente no Brasil, talvez a mais importante das áreas, mas uma das menos lembradas pelos jovens e pelo estado, a educação. Pense numa nova educação, não na que está por aí. Mas uma, a qual você, com sua escolha no presente – atuará como protagonista do futuro e ajudará a construir e a fazer prevalecer nos tempos que virão. 

Seja qual for a área que possa escolher, vale a pena pensar no mundo, não no contexto atual, mas num cenário no qual sua atuação contribuirá para fazer deste um mundo melhor. 

O futuro é para ser criado, participe dessa criação, dando seu melhor.
Bem, a escolha deve ser feita por você. Use a intuição, escute seu coração e seus ideais. Eles têm voz dentro de cada um de nós, escute-os. Ao fazer isso, aprender deixa de ser uma obrigação ou uma necessidade, mas passa a ser um prazer. Isso acontece naturalmente, quando focamos no que gostamos e no que estamos interessados. 

Platão dizia que mais importante que o caminho escolhido é o porquê você escolheu aquele caminho.

Para pensar, concorda?

Autor: Herbert Santos Silva
Site Intuicao.com


Sugestão?
Visite o site das Nações Unidas
: https://unjobs.org

Nesse site há inúmeras possibilidades que, talvez, ajude a lembrar o quão amplo é o campo de possibilidades de trabalho no nosso planeta. Clique em “Organizations” e veja quantas organizações há, só nas Nações Unidas. O mesmo com Postos de Serviço (Duty Stations). 

Link para a página Dicas aos jovens
https://www.intuicao.com/dicas-aos-jovens-opcoes-de-cursos-gratuitos-e-mais/

Propósito do site Intuição.com:
Estabelecer, inspirar e fortalecer elos de esperança junto aos que estão na jornada de fazer deste um mundo melhor.