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Poesia de Manoel de Barros e a Sensibilidade Natalina

O Natal pede sensibilidade — e poucos a despertam como Manoel de Barros. Neste post trazemos o tema “Sensibilidade natalina combinando com a poesia de Manoel de Barros”, lembramos como a poesia de Manoel de Barros acrescenta um aroma especial ao período natalino, numa leitura breve que convida a desacelerar e sentir.

Poesia Manoelina – Sensibilidade Natalina

Há épocas do ano em que a delicadeza pede mais espaço — e o Natal é uma delas. Neste período, a poesia de Manoel de Barros se torna companhia perfeita. Aqui, fazemos uma visita breve, porém preenchida de sentimentos – sentimentos manoelinos que podem tornar o período natalino ainda mais especial. De algum modo, trata-se de um convite para desacelerar, sentir e deixar que a poesia ilumine o que há de mais simples e essencial.

O Natal pede sensibilidade — e poucos a despertam como Manoel de Barros. Neste post, lembramos como a poesia manoelina acrescenta um aroma especial ao período natalino, numa leitura breve que convida a desacelerar e sentir.

Em relação à combinação, “Sensibilidade natalina combinando com poesia manoelina”, vamos ver se concordam comigo. Façamos uma brevíssima visita a alguns de seus poemas

O convite é para uma viagem nas ondas da sensibilidade com a poesia de Manoel de Barros.

Vamos lá.

Tratado geral das grandezas do ínfimo.

A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.

― Manoel de Barros, Tratado Geral Das Grandezas Do Ínfimo


O menino que carregava água na peneira.

O menino que carregava água na peneira

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e
sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.

A mãe disse que era o mesmo
que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces
de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio, do que do cheio.
Falava que vazios são maiores e até infinitos.

Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito,
porque gostava de carregar água na peneira.

Com o tempo descobriu que
escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.

No escrever o menino viu
que era capaz de ser noviça,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.

O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor.

A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta!
Você vai carregar água na peneira a vida toda.

Você vai encher os vazios
com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!

– Manoel de Barros, no livro “Exercícios de ser criança”, publicado em 1999.

‘Sobre importâncias’

“…que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. 
Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós”.

(‘Sobre importâncias’, do livro “Memórias inventadas – a Infância”.)

O PERÍODO NATALINO TRANSPIRA SENSIBILIDADE,
A PONTE MANOELINA NOS CONDUZ A ELA.

O MUNDO PRECISA DE MAIS SENSIBILIDADE e de MAIS POESIA !

LEMBRE-SE: LER MAIS MANOEL DE BARROS TORNA O DIA DIFERENTE!

FELIZ PERÍODO NATALINO!

O período natalino combina com a leitura de Manoel de Barros.

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