O bom uso de tudo, o meio para o sucesso

O bom uso de tudo, o meio para o sucesso

O bom uso de tudo, o meio para o sucesso.

Por Kátia Roel


Existe uma ordem natural no universo e uma lei que diz que tudo que penso, falo e faço retornará a mim. Portando, minha condição externa na vida está intimamente ligada à minha condição interna.

Meu sistema de valores, minhas crenças estão criando minha situação externa.
Cada ser humano tem liberdade. Estamos escolhendo nossos pensamentos, palavras e ações.
Quanto mais houver este senso de responsabilidade, mais liberdade experimentaremos.
Uma pessoa irresponsável não pode experimentar liberdade.
Por exemplo: vem diante de mim uma pessoa alterada e eu escolho continuar em paz – isto não é ser passivo, mas de fato isso exige mais empenho de nós mesmos. Portanto se nos influenciamos, respondendo com raiva, indignação e criticismo é isso que cria o inferno.

Se me faço vítima do meu país, do meu marido, do meu trabalho ou das minhas posses, então perdi minha liberdade.
Existe uma relação íntima entre Liberdade – escolha e responsabilidade.
Algo que nos faz entender esta relação é o fato de que existem diferentes reações para uma mesma situação. E nenhuma situação pode ser maior que nossa capacidade de superá-la.

A seguinte história nos evidencia que 100% do nosso destino está em nossas mãos
e não podemos culpar as situações a volta pelos nossos insucessos:
Dois irmãos com a mesma educação, mesmas oportunidades na vida com destinos opostos. O pai deles era alcoólatra e de certa forma um fracassado na vida. Um dos irmãos se tornou muito bem sucedido e outro com dificuldades em todas as áreas da vida. Este culpava o pai em todas as instâncias. O outro agradecia a tudo pois havia aprendido tudo o que não fazer na vida.
Então? Não podemos simplesmente culpar as situações e sim assumir com responsabilidade do nosso destino.
Parece que já não é mais tempo de nos permitirmos nos fazer de vítimas. É tempo de encarar a verdade com compromisso de espírito – isto é, disposição que vem dentro do íntimo do meu real propósito na vida.

A meditação nos ensina a amar a verdadeira liberdade, pois ela vem de escolhas inteligentes na vida. Assim o bom uso de tudo acontece automaticamente.

Quatro recursos básicos que deles tudo flui: mente, corpo, relacionamentos e o tempo.

Mente – a mente existe para pensamentos positivos. Nosso sistema de valores começa na mente. Quando existe um valor errado existe pressão na mente. Por exemplo: se o valor é: “eu sou alguém pelo que tenho” – este é um sistema de valor errado, pois isso me fará ganancioso, possessivo e ciumento. Se minha identidade está ligada às minhas posses, me sinto mal a tudo que foge do meu controle. Serei dependente de estar acumulando bens materiais para me sentir bem. Sabemos que a felicidade e o sucesso não se dão assim, pois vemos o quão preocupados e inseguros são alguns dos bens sucedidos financeiramente.
O melhor uso da mente se faz quando estou acessando meu potencial original de paz, amor, poder, pureza e felicidade.
O melhor uso da mente é dar-se o presente de momentos silenciosos consigo mesmo e na companhia de Deus.
Essa é a base para a verdadeira auto-estima e sucesso verdadeiro.
Mente poderosa: poucos pensamentos, ordenados, qualificados, construtivos, positivos e potencializadores.
Mente fraca: muitos pensamentos, rápidos, dúvidas, competição e experiência de pressão.
Uma mente verdadeiramente positiva significa caráter elevado e os recursos à volta serão bem utilizados e a fruição disso resultará em prosperidade.

Corpo – Uma pessoa materialista nunca respeitará o corpo, pois vai comer e beber qualquer coisa. O corpo é o meio de eu, a alma me expressar. Se desrespeitamos o processo natural do corpo, teremos problemas no futuro. Quando alguém é viciado, perde a lógica. Isto é mal uso do corpo.
Tenho que dar ao corpo alimento nutritivo e não só o que agrada o paladar. Tenho que reservar momentos para exercício físico. Tenho que oferecer horas de sono de qualidade ao corpo.
Mesmo pensamentos positivos é uma forma de respeito pelo corpo.

Relacionamentos – A essência de bons relacionamentos com outros é o bom relacionamento consigo. O verdadeiro auto-respeito nos faz naturalmente respeitar outros. A diversidade de personalidade torna nossa vida dinâmica pois o fato de termos que conviver com pessoas diferentes nos motiva qualidades diferentes das que já possuímos. Assim aprendemos a constantemente renovar a visão sobre os outros e sobre mim.
A convivência é um meio eficiente para crescimento interior. Aquele que almeja ascensão e sucesso não pode pensar em isolar-se.
Existe um ditado indiano: “Cachorro sozinho na rua, quando late pensa que é um leão, mas quando há vários cães, ele pode checar o poder do seu latido”. Por isso a importância de estar em grupo. Quando existe respeito essa pessoa se torna muito digna de respeito.
Para sucesso nos relacionamentos é essencial aprender a relacionar-se com Deus. Somente Ele é a fonte que nos nutre de suficiente poder e amor para lidar com tudo e todos. O melhor esforço de todos é o de ganhar a flexibilidade divina. Eu deveria ser tão flexível que eu não tenha problemas com nenhuma pessoa. O segredo por traz disto é que esta flexibilidade me faz estável e poderoso.

Tempo – A maravilha do tempo é que ele sempre continuará a trazer oportunidades. Ninguém pode reclamar por falta de oportunidades na vida. O único questionamento que surgiria seria: quanto sou capaz de entender e aproveitar as oportunidades da vida. Nós perdemos chances ao reclamar sobre elas. Nós reclamamos porque não queremos mudar. Quando sou mestre do tempo não reclamo do passado e não estou com medo do futuro.
O bom uso do tempo significa que incluo na minha agenda momentos para aquisições imperecíveis. Momentos quando possa preencher-me da percepção de quem realmente sou e da companhia mais pura do Universo, que é Deus. Só assim posso experimentar maravilhas acontecendo na minha personalidade – só assim a sensação de sucesso é contínua e fortalecedora.
Quanto mais valorizo o tempo mais receberei o fruto. Nisso também o que conta é o bom discernimento.

Texto: Kátia Roel
Professora de meditação Raja Yoga
Site Intuicao.com
Imagem: Pixabay