Intuição - tela de radar

Intuição - tela de radar

Intuição – Tela de Radar

Rastrear o que é relevante no dia a dia dos negócios, mostrando possibilidades que podem ajudar eficazmente a preencher o ‘interior’ sutil das pessoas e das empresas, e colocando-as no radar pessoal que guia os que acreditam que é necessário melhorar, é algo que a intuição pode fazer com competência.

Desafio nos tempos de transição
Existe um desafio enorme para qualquer pessoa ou organização.
Este não é um desafio de curto prazo, é um processo ao longo do qual uma ponte vai ser construída. Esta ponte une dois mundos distintos.

De um lado se apóia o mundo objetivo, traduzido por resultados, informações, relatórios fundamentados em dados, evidências lógicas, planejamentos por etapas e por áreas ou departamentos, estruturados e planejados. Onde as políticas e objetivos se traduzem em processos inseridos na implementação de boa parte das tarefas.
Bons administradores são requeridos neste mundo.

De outro lado existe o mundo subjetivo, composto pelo mundo de sentimentos, percepções, criatividade, inovação, motivação, valores e sonhos. Mundo este que é revelado pela ‘presença de espírito’ na atmosfera da organização ou da vida da pessoa..
Líderes verdadeiros são requeridos neste mundo!

Um líder não pode ser apenas racional, organizado e lógico. O verdadeiro líder também é intuitivo. É a intuição, aliada à capacidade lógica e racional que determinará o sucesso da jornada que permeia os universos objetivos e subjetivos.
A intuição dá consistência ao espírito. Isto se aplica às pessoas e às organizações.

Conexão talento – um fato possível
Poucas organizações têm clara a conexão entre estes dois mundos – objetivo e intuitivo.
Eles existem simultaneamente, mas se estão ou não em harmonia é outro assunto.
O que se observa é que as habilidades de gerenciamento normalmente não combinam com ideais de liderança. Desta carência de sintonia deriva a maioria de problemas. O resultado é que obstáculos surgem em áreas como comunicação, motivação, entendimento, criatividade e tantos outros. É muito comum talentos serem desperdiçados e muitas vezes nem mesmo notados.

A intuição tem um espectro sutil, que quando percebido e utilizado permite o rastreamento e captação de sutilezas que estas se tornam atores determinantes nas vidas das pessoas e das organizações.

Em situações de carência de harmonia, uma atitude competitiva parece ser a mais eficaz, e a mais natural. Colossal ilusão!
Por outro lado, o estabelecimento de metas tenta repor a carência de estratégias conscientes, a fim de criar motivação e nitidez de acordo com objetivos estabelecidos. Outra ocorrência tradicional é o da utilização de ferramentas de análise de resultados quantitativos. Estes são remédios ineficazes para um câncer que se espalha facilmente do mundo sutil dos emoções e sentimentos (subjetivo) para o mundo lógico, das ações (objetivo). Isto ocorre dentro de um mesmo organismo, do individual para o coletivo.

Viver sem objetivos pode trazer dispersão, mas viver com excesso de objetivos também conduz a trajetórias, em geral, não muito saudáveis para a vida das organizações.

A mensuração buscada por muitas empresas acaba encapsulando estratégias, visão, missão e valores, que acabam esquecidos atrás de ‘números’ estabelecidos como metas.

Em geral este tipo de atitude gera ‘barulho’ mas pouco é traduzido em resultado. Além de ineficaz, acaba por desqualificar planejamentos bem feitos – e acabam não repercutindo no universo do dia-a-dia da empresa, já que o que as pessoas, que fazem a empresa existir, acabam tendo contato demasiado com apenas uma interface – o da busca de resultados. Em pouco tempo, o que gerou as metas: sejam os valores, a missão ou a visão da empresa acabam praticamente esquecidos – ou seja, o espírito, que deveria ser o mantenedor das ações, acaba por desvanecer.

Num mundo permeado pela atitude competitiva, a intuição pode ser um ator que atuará como diferencial.
A intuição pode dar consistência ao ‘espírito’ da organização, trazendo ou mostrando onde obter ‘alimentos’ que vitalizem a mesma.

Esta capacidade de autoalimentar-se é que dá a competência a uma empresa de ser o mais independente possível da situação externa – pois a partir da consistência interior, a relação com o mundo externo pode acontecer em outros patamares, nos quais a empresa não seja tão afetada pelo que vem de fora.

Autor: Herbert Santos Silva
site https://intuicao.com
Imagem: livro Intuição.com –
Você na Nova Era (livro editado em 1999/2000)