Adhemar Ferreira da Silva

Adhemar Ferreira da Silva

Adhemar Ferreira da Silva é um brasileiro que merece ser lembrado e admirado. Confira!

Adhemar Ferreira da Silva

Pouca gente sabe, mas foi ele quem criou uma comemoração que se tornou tradicional nas competições esportivas e ele foi o primeiro; aconteceu em Helsinque 1952, ao celebrar o ouro, ele deu a primeira volta olímpica da história em um estádio, percorrendo toda a pista agradecendo os aplausos que recebia de todos no estádio olímpico.

Foi um dos maiores atletas brasileiros, de todos os tempos e, por suas atitudes por onde passou, um exemplo de ser humano. Ele foi atleta do São Paulo e do Vasco, tendo sido o nosso primeiro bicampeão olímpico, primeiro atleta sul-americano bicampeão olímpico em eventos individuais, recordista mundial do salto triplo cinco vezes, sendo que Nas Olimpíadas de Helsinki, Finlândia (1952), conquistou a medalha de ouro batendo o recorde olímpico estabelecendo duas novas marcas mundiais na época. Quatro anos mais tarde, nas Olimpíadas de Melbourne ele foi novamente medalha de ouro.

Adhemar foi filho de ferroviário e lavadeira e nunca ficou rico, materialmente falando. Mas ele usou sua experiência de humildade e simplicidade para, durante sua vida, tornar-se riquíssimo como pessoa. Ele falava vários idiomas e, ainda como atleta, atuava como um verdadeiro diplomata de nosso país, comunicando-se em várias línguas e levando o nome do Brasil por meio de sua cultura e gentileza natural no trato com as pessoas. Era formado em Direito, Belas Artes, Relações Públicas e Educação Física. Foi adido cultural do Brasil na Nigéria, foi colunista do jornal Última Hora e inclusive atuou como ator, no teatro na peça Orfeu da Conceição, de Vinicius de Moraes e no cinema, participando do filme Orfeu Negro, vencedor da Palma de Ouro em Cannes e do Oscar de filme estrangeiro, em 1959.

Em 2012, foi imortalizado no Hall da Fama do Atletismo. Visando ressaltar sua representatividade, vale mencionar que ele é o único brasileiro a representar o nosso país no salão da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), criado como parte das celebrações pelo centenário da instituição. Seu nome também é anualmente lembrado com a premiação  do Troféu Adhemar Ferreira da Silva, uma das maiores honrarias do esporte olímpico brasileiro, concedida pelo COB desde 2001. A cada ano um único nome é agraciado com esta premiação. Dentre os agraciados com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva encontram-se Vanderlei Cordeiro de Lima, Gustavo Kuerten, Maria Lenk, Joaquim Cruz, Aida dos Santos, Daiane dos Santos, dentre outros ex-atletas que honraram nossa nação por meio da prática de valores como ética e respeito nas suas vidas e no esporte. . Em 2023 recebeu a homenagem o Sr. Chiaki Ishii, o primeiro medalhista olímpico de judô que o Brasil teve, nas Olímpiadas de Munique – 1972.