A 'água' da intuição

A 'água' da intuição

A ‘água’ da intuição.

Imagine uma pessoa que não saiba nadar às margens de um rio.
Ela sabe que o rio está ali, vê a correnteza, pode chegar a colocar um pé na água, mantendo o outro nas margens. Pode sentir que próximo à margem o rio é raso e sente que pode colocar o outro pé também. Isto é algo especial para ela. Mas o grande desafio é quando ela pensa em adentrar o rio, quando não dá mais pé.

Entregar-se à correnteza e deixar-se levar?
Mas ela pode se afogar – pensa com razão.
Ela está errada em pensar assim?
Claro que não!

Imagine a intuição como este rio.
Existe uma similaridade, ela sabe que a intuição existe e a vê se manifestar de tempos em tempos. É como se algumas vezes a pessoa colocasse um pé naquele “rio” sentindo como é aquela “água” da intuição; às vezes dá um passo a mais e percebe aquela energia ali, próxima dela. Mas raramente alguém vai além daquela margem, mergulhando naquele universo.
Isto mantém as pessoas separadas de algo que está ali, ao alcance delas – apesar delas saberem que ela existe. Por quê?
Porque a pessoa não se sente segura, ela não sabe o que virá, ela não tem controle sobre aquele universo.

Como mergulhar neste universo e não se “afogar” ?
A pessoa pode estabelecer alguns parâmetros que a protegerão e darão condições para que faça a travessia sem traumas e sem riscos, mas isso não eliminará alguns percalços, que fazem parte da aprendizagem e do amadurecimento; isso não deve desestimular a jornada, ao contrário; é só entender que desafios novos estão se apresentando. Logo à frente, falaremos sobre os parâmetros que protegem naturalmente.

Quer experimentar mais o seu lado mais intuitivo?
Então permita que a sensibilidade humana seja fortalecida e praticada no dia a dia. A sensibilidade é um atributo que deveria ser natural em todos, mas sabemos nem sempre é assim. Sem ela, não haverá espaço para a intuição florescer.
Outro aspecto é permitir a abertura a novos conceitos. É super simples e óbvio: se continuar pensando do mesmo jeito que sempre fez, acha que alguma coisa mudará em sua vida? Não precisa ser um pensador ou um gênio para saber a resposta.
Quando falamos de intuição, o que importa é o que está dentro de você – em seu coração, em sua mente e em sua consciência. Se permitir que coisas boas se instalem dentro de você, os frutos serão bons, caso contrário… A escolha sempre é nossa; ilusão pensar que a culpa por fraquezas vem de fora.

Agora, vamos aos parâmetros que naturalmente nos protegem!

De alguma forma, os parâmetros essenciais que nos protegem e atuam como nosso ‘seguro’ residem na essência do conhecimento de Deus e de suas leis universais, assim como dos meios para contatar Deus. As sementes deste conhecimentos já estão em nossas consciências – desde que nascemos; é nossa responsabilidade ‘regar’ estas sementes e permiti-las ‘desabrochar’ em nossas vidas ; o segredo está em sair da superficialidade e da ilusão da materialidade. Ao adentrarmos estados de profunda serenidade e paz, caminhamos na direção desse ‘saber’, que reside em nossa intimidade mais profunda e que pode ser percebido e trazido ao dia a dia em nossas vidas.

Ser intuído por Deus, por anjos ou por energias superiores, que sempre conduzem ao bem, é o resultado natural da elevação de nossos estados de consciência. Estados estes que naturalmente promovem o preenchimento de nossas mentes e corações com energias que chamamos de amor, felicidade, paz, bem-aventuranças, etc.

Aí residem os parâmetros que – como escudos de luz, protegem e possibilitam novos voos.

Vale lembrar que a experiência de cada momento é sempre pessoal. Quando algo dentro de você te inspira, vale acreditar! E saiba que na maior parte das vezes que ‘acreditamos’, mudanças se fazem necessárias. Não devemos ter medo delas.
E mudanças virão, e com elas ‘ajudas’ inesperadas; apenas prepare-se internamente para percebê-las.
Acima de tudo, independente de qualquer coisa, nesta travessia um requisito é fundamental: apreciar o que vier!

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texto: Herbert Santos Silva
site:http://www.intuicao.com/
imagem: Morguefile