Educando, além da ordem!

Educando, além da ordem!

Educando, Além da Ordem!

A educação propagada no ensino brasileiro incentiva e prepara os estudantes a serem funcionários e empregados subordinados.

Esta visão de ‘ensinar’ o estudante a ser ‘mandado’ ou a receber ordens faz parte de um processo que, de alguma maneira, subestima a possibilidade de uso e descoberta da intuição e da inteligência intuitiva. Automaticamente, a criatividade e o sentimento de inovação e de querer descobrir, que é o cerne do ‘aprender’, acabam se esvaindo nos bancos escolares, gradativamente.

Um aspecto deve chamar atenção dos envolvidos – sejam pais, educadores ou empreendedores: a intuição existe e pode fazer a diferença!
E para sua manifestação ela demanda espaço, tempo, autonomia, confiança e disciplina.

Espaço
O espaço deve ser pensado em termos de proporcionar liberdade, criatividade, confiança, sentimento de integração e cooperativismo – inspirando o senso de fazer parte.

Tempo
O tempo disponível aos alunos não não deve ser pensado só para executar atividades cognitivas, mas também para refletir, pensar – e também sentir e expressar emoções. Educar, no mínimo, deveria englobar os aspectos cognitivos, artísticos, lúdicos, musicais e atléticos; ou seja, educar não se restringe ao aspecto cognitivo – e o tempo jamais deveria se tornar um instrumento gerador de ansiedade; mas sim, de apreciação e experimentação – e isso implica em não tornar o aluno uma “máquina” a ser medida por sua produtividade. Deve haver tempo para os alunos desenvolverem em áreas as mais diversificadas – lembrando sempre que desenvolvimento não deve estar atrelado à produtividade.  O tempo é um conjunto de momentos e estes precisam ser vividos e sentidos, seja pelos estudantes, no nível individual e também em grupo, assim como, pelos professores e por todos os demais envolvidos no processo.

Respeito
O respeito é um fator chave na educação e na relação ensino-aprendizagem. E apenas se manifesta se houver o sentimento de presença por parte dos envolvidos. Para tal, o reconhecimento à pessoa do aluno – tenha ele 5 ou 50 anos  e o respeito ao momento se fazem necessários, sem isso, a sensibilidade sai de cena e a intuição perde força e acaba substituída por mecanismos que cortam o fluxo da inovação e da imaginação, inibindo a criatividade e espontaneidade e pior, acaba por gerar ações e reações prejudiciais a ambas as partes.

Autonomia
Aí entra um fator chave: a autonomia – que é é vital nos aspectos descoberta, inovação, criação e aprendizagem. A autonomia, que promove a capacidade de se autogovernar e de inspirar o agir livremente, quando construída com respeito ao valores humanos e espirituais, tem a ver com certo sentimento de interdependência e correspondência com os outros e com a natureza.

Confiança
A confiança faz parte vital deste processo; sem ela não será estabelecida nenhuma forma de relação saudável e a aprendizagem aí se insere.

Disciplina
A disciplina tem entre seus pilares o amor ao que se faz e ao como se faz; o respeito que é traduzido nos temas e nas interações entre quem transmite e quem recebe o conhecimento e a confiança que é demonstrada muito mais por atitudes que por palavras.
Daí emerge um aspecto importante: só após a disciplina íntima desabrochar – traduzindo-se em esforços nascidos do amor, em entregas nascidas do respeito e na vontade alimentada pela confiança é que a espontaneidade e, consequentemente, a criatividade se manifestarão com naturalidade e constância.

A escola minimamente consciente procura proporcionar este tipo de cenário a seus alunos, professores e funcionários. Ao fazer isso, estará estabelecendo condições para o surgimento de novos paradigmas – que conduzirão a educação do futuro.
Ética, respeito, confiança, credibilidade e amor são componentes deste universo.

Reflexão: Herbert Santos Silva
Site intuicao.com
Foto do banco de imagens Morguefile