A Justiça e os Princípios universais

A Justiça e os Princípios universais

O tema ‘A Justiça e os Princípios Universais’ é profundo, amplo e interessante. Nesta reflexão, procurei um enfoque não tão usual, mas que espero ajude na reflexão. Começo com um passeio por meio de alguns questionamentos, para depois apresentar alguns pontos para considerações.

A Justiça e os Princípios Universais

É justo?
Querer que outros digam apenas o que você quer ouvir.
E não ouvir o que outros querem dizer?

É justo?
Descobrir a injustiça
ou encobrir a falsa justiça ?

Alinhar nossas referências às de Deus.
Será isto tão difícil?
Com certeza este alinhamento não leva a guerras,
nem a violência de qualquer natureza.
Por certo, não é justo vincular a energia de Deus com o limitado,
ou o transitório!
Menos ainda a guerras e violências.
Estas, a própria humanidade cria e alimenta.

A justiça dos homens tem como referência
o que eles acreditam,
ou o que lhes interessam,
e isso, dentro do que alcançam enxergar,
no momento.

A justiça de Deus, no que conseguimos alcançar,
é a justiça fundamentada nos princípios universais da vida.
Parece que a justiça de Deus não é tão complicada assim.
Pode ser sutil – isso sim.

O Exemplo da Natureza

Uma face do prisma que conseguimos entender das leis de Deus é o que vemos na natureza – que refletem como todo efeito tem uma causa a provocá-lo.
Se plantamos sementes de laranja, nascerá laranja; se plantamos sementes de flores, nascerão flores; do mesmo modo, ao semearmos sementes de violência ou agressividade, o que vai decorrer disso?

Outro aspecto que podemos perceber é que o tempo estabelecido pela natureza não é linear, é cíclico. É só observarmos o dia e a noite, a primavera e o inverno, o nascimento e a morte. Nós, humanos, é que estabelecemos momentos de final e de início, mas na verdade, tudo na natureza é cíclico.
Em especial observemos o ciclo da água: fluindo num leito de rio num período, ascendendo ao céu num outro, como nuvem; líquido num período, vapor em outro – ela é sempre água, mudando de estado, de acordo com o ciclo, mas continuando a ser água.

Sementes que plantamos

Como ocorre com as sementes, o mesmo observa-se com nossas escolhas – as ‘sementes que plantamos’ em nossas vidas. E deve ser entendido que estas também respeitam seus ciclos naturais. Não há como colher frutos de imediato. Deve haver o tempo de semeadura, de plantio, de crescimento, amadurecimento até poder se dar a colheita.

Hoje, a ‘cultura de resultados’, que mais parece uma ditadura do ‘imediatismo’, vai de encontro ao processo cíclico natural. E isso, de algum modo, mais uma vez reflete a imaturidade de nossa sociedade humana – ao tentar ignorar as leis universais.

O tempo alcançado pela justiça universal de Deus parece respeitar o caráter cíclico que Sua sabedoria – ainda muito além de nossa capacidade de entender, estabelece. Sua justiça nos leva a crer que está sempre presente e é atemporal, não envolvendo interesses apenas de momento.

Ao observarmos tudo que existe – do equilíbrio dinâmico de um átomo ao equilíbrio dinâmico de todos os astros e constelações que compõem o universo que enxergamos; parece óbvio que tudo que aí está, parece nascido de uma inteligência que vai além do que conseguimos alcançar. Querer limitar tudo ao que conseguimos entender, apenas mostra nosso próprio nível de limitações. Ao fazermos um simples exercício de nos colocarmos como observadores, parece claro que basear tudo nas próprias limitações revela, no mínimo, arrogância e ignorância de nossa parte.

Respeitar, Amar, Ser Solidário, Ser Honesto, Acreditar.
Isto soa complicado?

De algum modo, fazemos isso em várias áreas, inclusive com a justiça humana,
com seus inúmeros códigos, artigos, parágrafos e tantos outros artifícios que, imagino, nem mesmo Deus entenderia, apesar de entender facilmente o que gerou tudo isso.

Mas e o básico, o mais simples?
Para onde vão valores universais tão simples, tão genuínos, que não causariam dúvidas nem ao mais simples dos seres humanos?
Princípios nascidos de tais valores; são eles complicados?
Eles constituem os princípios universais da vida.
Dentre eles: respeitar, amar, ser solidário, ser honesto, acreditar.
Isto soa complicado?

Querer sempre ser o mais justo possível,
ou pelo menos ser verdadeiro parece um bom começo.

Reflitamos:
Uma sociedade planetária que permite que mais de cinquenta por cento de seus integrantes passem fome, ou vivam em níveis sub-humanos, não parece realmente se preocupar com ser justa.

Uma sociedade que utiliza grande parte de seus recursos em agredir seus próprios semelhantes, tornando guerras um instrumento comum em seu estilo de vida, não parece ser inteligente.

Mas vale lembrar: as leis de Deus são nossas também – elas são universais e estão disponíveis sempre. Entendê-las é um requisito básico, um primeiro passo para vivermos em harmonia neste planeta. Dar esse primeiro passo se faz necessário.

A solidariedade e a caridade, a compaixão e a aceitação, nascem de nossos corações, mas apenas quando neles há amor.

Permitir que uma lei primordial de Deus
– a LEI DO AMOR,
a que faz fluir a energia do amor em nossas vidas,
manifeste-se e permaneça em nossos corações,
ajudando-nos a sermos mais justos.
Esse é um grande desafio.


Qualquer outra solução será árida e limitada e terá alcance limitado, inclusive em termos de duração.

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