O ato de consumir

O ato de consumir

O ato de consumir.

Encontrar novas maneiras de impor-se e adequar-se à realidade predominante, de competição e de consumo, de agressividade e intolerância e às mudanças sucessivas que prevalecem, independentemente de nossas vontades ou previsões; é algo que pode, pelo menos, ser levado em consideração por pessoas que não querem ser apenas levadas pelas correntes predominantes.

A velocidade das informações e o hábito de consumir estão muito intensificados nos dias de hoje.
Pode-se dizer que estão relacionados entre si, um alimentando o outro. A semente de consumo não se resume ao ato de comprar, também está sutilmente inserida no fato de se multiplicar o hábito de adquirir informações e conhecimento, quer seja de novidades ou atualizações que acresçam ou pareçam acrescer algo novo. Um exemplo disto é a informática. Outro é o de fazer cursos e mais cursos.

A necessidade de novas aquisições tornou-se um hábito. Um mau hábito, digamos de passagem.
Tanto no campo material como no da assimilação de novos conhecimentos. A atenção sugerida aqui é simples, e vai em relação ao ‘eu’ que constitui cada um de nós.
O quanto estamos apreciando e usufruindo o que temos à disposição?
As perguntas sugeridas para reflexão pessoal são:
– Há realmente necessidade de algo a mais além do que já tenho?
O quanto de conhecimento recebido – em toda minha vida eu já coloquei de lado e simplesmente nem lembro que ele existe?
– O quanto despendemos de energia material, mental ou emocional simplesmente por ignorar ferramentas que temos dentro de nós mesmos, e partimos simplesmente em busca de algo novo?

Seja uma roupa, ou um curso; será realmente necessário?
A tendência ao consumo está aí, evidenciada no dia a dia, mas fica a pergunta: o que eu quero em minha vida?

Fica aqui também a lembrança de aspectos simples que fazem nossas vidas no dia a dia, e que, no fundo, nos mostram que o que vale é a consciência tranquila; é a paz íntima; é a força interior para enfrentar momentos difíceis; é a luz de Deus te tocando e, tão importante quanto – é você dando o rumo certo ao seu propósito de vida.
Viver sem se entregar passivamente às correntes predominantes nos ajuda a crescer como seres humanos mais sensíveis e mais respeitosos.
Vale a reflexão.
Lembrando que, de acordo com o que escolhemos, damos novas direções e sentidos às nossas vidas.

Autor: Herbert Santos Silva
site: intuição.com
imagem: pixabay