Você, sua Organização e a Intuição

Você, sua Organização e a Intuição

Você, sua Organização e a Intuição.


Existe uma relação entre Você, sua Organização e a Intuição.
As melhores intenções podem estar presentes. Os melhores consultores e planejadores estratégicos podem estar assessorando sua organização. Consultores muito bons podem estar assessorando sua empresa.
Com tudo isso, existe uma simples realidade: se a atenção para com o sutil não estiver presente nas mentes das pessoas, mesmo as melhores metodologias não serão capazes de transformar modos antigos de pensar e agir.

Ponto de partida
Uma organização pode investir muito tentando melhorar sua qualidade em níveis distintos.
O ponto é que isto pode não ser suficiente se a organização não oferece condições para seu pessoal para desenvolver os níveis sutis.

A atenção no sutil é o ponto de partida, o mais básico, o ponto zero capaz de alavancar o sucesso de quaisquer metodologias.
Somente quando sutilezas estiverem presentes num nível positivo será possível experimentar sucesso de maneira sustentável.

Onde enontrar?
As “sutilezas estão em toda parte – nos pensamentos, sentimentos, emoções, também nos sons, cores, espaços, localização, iluminação, opções, flores, alternativas de lazer e obviamente: dentro de cada ser.
O nível de criação, a eficiência dos serviços e a qualidade de produtos são parte deste mundo sutil, assim como os sentimentos e a satisfação de clientes, .

Questionamento fundamental
Todos estes componentes da dimensão sutil começam a se expressar a partir dum questionamento central.
O núcleo de qualquer organização é seu “espírito”, que é o resultado da reunião de vários aspectos. Todos eles terão seu ponto de partida dentro das pessoas que trabalham para a organização.

Esta pergunta devia estar na mente do líder: o que está na mente de cada pessoa que trabalha comigo?
Assuntos famíliares? Os resultados do futebol? Suas hipotecas?
O preço da escola das filhos? Ou o quê?
O que você pensa que está presente na mente da pessoa próxima a você?
Um mundo de possibilidades se faz presente.
Possivelmente surpreendentes respostas surgirão.

Que tal planos de trabalho? Encontrar-se com um possível cliente? Ou o melhor caminho para solucionar um problema? Ou como preparar a apresentação de amanhã?
Inumeráveis possibilidades novamente estarão lá.

Ponto chave
O ‘quê‘, ‘como’ e ‘quem‘ vai conduzir a atenção das pessoas?
Pressão, controle?
Durante algum tempo esses modos, antigos, podem até funcionar.

A pergunta que deve sempre estar presente na mente do líder é: É sustentável?
A maior parte dos métodos usados por tanto tempo para controlar e supervisionar pessoas são bastante estressantes e nada motivadores. Definitivamente funcionam somente por certos períodos de tempo e sob certas condições. Eles definitivamente não são sustentáveis e, com o tempo, enfraquecem o ‘espírito’ da organização, gerando um clima organizacional pouco saudável, que induz à sensação de insatisfação em diferentes níveis.
Qualquer ambiente, plano, metodologia ou ferramenta que não gera satisfação e alimenta bons valores não resistirá por um tempo longo. Bons resultados não florescerão neste tipo de solo.

Em ambientes e sistemas ordenados naturalmente, controlar não fará sentido. O ‘controle‘ externo é ilusório, e geralmente carrega com ele a aura de desconfiança; que tende a desmotivar e gerar a sensação de insatisfação.

O sucesso de um sistema se baseia na expressão de capacidades diversas em harmonia. Forçar esta harmonia é uma ilusão que induz ao seu oposto – desarmonia, ou seja, desordem: é daí que se origina o remédio que mata o problema, mas não alcança a solução: o controle! O excesso de controle pode se fantasiar de artefatos burocráticos que diminuem ainda mais a criatividade e capacidade de inovar que possam existir no seio da empresa, mas que, com insatisfação e desmotivação, raramente terão a chance de emergir.

Pequenos movimentos
O sutil é mais poderoso que o (hard) grosseiro/bruto. Quanto mais sutil é o poder, mais penetrante é seu efeito.

Quando o compromisso está presente, circundado por criatividade, intuição, alegria e amor ao que se faz, o ritmo sustentável é muito mais facilmente encontrado.
Quando isto é alcançado as pessoas da organização naturalmente deixam emergir todo seu potencial e trabalharão com força total para manter o processo.
Desejos, esperanças e anseios, onde eles estarão?
Eles serão traduzidos em dedicação e buscas comuns, que convergem naturalmente em direções em que há comunhão de propósitos – pois serão estes, e não as ideias, que conduzirão o processo.
Em tal terreno, cooperação surge naturalmente e as engrenagens da organização começam a funcionar de modo próximo ao ideal – sem atritos desnecessários. As pessoas farão seu melhor, por escolha íntima. De longe, o cenário resultante desta jornada apresentará frutos que irão além do que se pode esperar.

Requisitos
Novamente, valores genuínos devem estar presentes dentro deste processo. Não basta apenas haver valores, mas deve existir equilíbrio entre eles. Eles constituem requisitos que compõem o fluído sutil que faz toda uma organização existir com vitalidade – como o sangue do corpo humano.
A realidade é que as sutilezas podem fluir através dos projetos e relações entre as áreas, objetivos e relações com consumidores, acionistas e pessoal interno, clientes externos e provedores de serviços, assim como entre os gestores e stakeholders.

Estrela-guia
O fato é que as ‘forças sutis‘ existem sempre, estando elas em harmonia ou não; elas funcionam como um combustível que preenche todos os processos da organização no seu dia a dia.
Saber potencializar essas forças sutis e harmoniza-las é que fará a diferença.
Essa, no fundo, é a estratégia a ser eleita como estrela-guia a direcionar os objetivos e visão, dando vida ao espírito da empresa e iluminando a missão da mesma.

Bases
Essa não é, nem pode ser, apenas uma estratégia de curto prazo.
A base de tal proposição é que os processos devem ser dirigidos como se eles tivessem um espírito próprio. A ênfase deve estar no sutil, inserido nos processos e não apenas nos resultados.
Os resultados sempre acontecem. Bons ou ruins, conforme o esperado ou não; eles naturalmente virão.
Eles são os frutos. E suas qualidades dependem do “espírito” que deu vida a eles. A melhor qualidade depende em geral do ‘como‘ são feitas e geridas as ações, projetos e programas da empresa que, antes de apresentarem resultados, percorrem e se expressam em seus processos – é aí que fluem os aspectos sutis.

A implementação real de tal estratégia é, em essência – um processo em transformação constante,que deve ser cuidada dia após dia, dando um passo após o outro, ombro a ombro, em pequenos movimentos – sutis e espontâneos, que são os verdadeiros responsáveis por dar espírito à estrutura que sustenta um empreendimento saudável.

texto de Herbert Santos Silva
site: http://gbsitesbsb.com.br/intuicao
Foto: disponibilizadapelo banco de imagens Pixabay